(Firmeza total, mais um ano se passando aí)(Graças a Deus a gente tá com saúde aí, morô?)(Muita coletividade na quebrada, dinheiro no bolso) (Sem miséria, e é nós) (Vamo brindar o dia de hoje)(Que o amanhã só pertence a Deus) (A vida é loka) Deixa eu falar procêTudo, tudo, tudo vai, tudo é fase, irmãoLogo mais vamo arrebentar no mundãoDe cordão de elite, 18 quilatesPõe no pulso logo um Breitling Que tal? Tá bom? De lupa Bausch & LombBombeta branco e vinhoChampagne para o ar, que é pra abrir nossos caminhosPobre é o diabo, eu odeio ostentaçãoPode rir, ri, mas não desacredita, nãoÉ só questão de tempo o fim do sofrimentoUm brinde pros guerreiro, zé povinho eu lamentoVermes que só faz peso na TerraTira o zóio, tira o zóio, vê se me erraEu durmo pronto pra guerra e eu não era assimEu tenho ódio e sei que é mal pra mimFazer o que se é assim? Vida loka, cabulosaO cheiro é de pólvora e eu prefiro rosasE eu que, e eu que sempre quis um lugarGramado e limpo, assim, verde como o marCercas brancas, uma seringueira com balança Desbicando pipa, cercado de criança How, how, BrownAcorda, sangue bomAqui é Capão Redondo, tru, não PokemónZona sul é invés, é stress concentrado Um coração ferido por metro quadrado Quanto mais tempo eu vou resistir?Pior que eu já vi meu lado bom na UTIMeu anjo do perdão foi bom, mas tá fracoCulpa dos imundo do espírito opacoEu queria ter pra testar e verUm malote com glória, fama, embrulhado em pacoteSe é isso que cês quer, vem pegarJogar num rio de merda e ver vários pularDinheiro é fodaNa mão de favelado é mó goelaNa crise, vários pedra-noventa esfarelaEu vou jogar pra ganhar, o meu money vai e vemPorém, quem tem, tem Não cresço o zóio em ninguém O que tiver que ser, será meuTá escrito nas estrelas, vai reclamar com DeusImagina nós de Audi ou de CitröenIndo aqui, indo ali, só pam, de vai e vemNo Capão, no Apurá, vou colarNa Pedreira do São BentoNa Fundão, no pião, sexta-feiraDe teto solar, o luar representa Ouvindo Cassiano, hah, os gambé não guenta É, mas se não der, nego, o que é que tem?O importante é nós aqui junto ano que vemE o caminho da felicidade ainda existeÉ uma trilha estreita, é em meio à selva tristeQuanto cê paga pra ver sua mãe agoraE nunca mais ver seu pivete ir embora?Dá a casa, dá o carro, uma Glock e uma FALSobe cego, de joelho, mil e cem degrauQuente é mil grau o que o guerreiro dizO promotor é só um homem, Deus é o juizEnquanto zé povinho apedrejava a cruzE o canalha, fardado, cuspiu em JesusÓ, aos 45 do segundo, arrependido Salvo e perdoado é Dimas, o bandido É louco o bagulho, arrepia na hora, óDimas, primeiro vida loka da históriaEu digo: Glória, glória, sei que Deus tá aqui E só quem é, só quem é vai sentir E meus guerreiro de féQuero ouvir, quero ouvirE meus guerreiro de fé Quero ouvir, irmão Programado pra morrer nós é (ao lado direito do Pai) Firmeza, não é questão de luxo, não é questão de corÉ questão que fartura alegra o sofredorNão é questão de preza, nego, a ideia é essaMiséria traz tristeza e vice-versaInconscientemente vem na minha mente inteiraNa loja de tênis, o olhar do parceiro felizDe poder comprar o azul, o vermelhoO balcão, o espelho, o estoque, a modeloNão importa, dinheiro é puta e abre as portasDos castelos de areia que quiserPreto e dinheiro são palavras rivais, é? Então mostra pra esses cu como é que faz O seu enterro foi dramático como um blues antigoMas de estilo, me perdoe, de bandidoTempo pra pensar, quer parar? Que cê quer? Viver pouco como um rei ou muito como um zé? Às vezes eu acho que todo preto como euSó quer um terreno no mato só seuSem luxo, descalço, nadar num riachoSem fome, pegando as fruta no cachoAí, truta, é o que eu acho, quero tambémMas em São Paulo Deus é uma nota de 100 Vida loka Porque o guerreiro de fé nunca gelaNão agrada o injusto e não amarelaO Rei dos reis foi traído e sangrou nessa terraMas morrer como um homem é o prêmio da guerraMas ó, conforme for, se precisarAfogar no próprio sangue, assim seráNosso espírito é imortal, sangue do meu sangueEntre o corte da espada e o perfume da rosaSem menção honrosa, sem massagemA vida é loka, nego Nela eu tô de passagem A Dimas, o primeiroSaúde, guerreiro! Dimas, Dimas, Dimas
Impossível falar de rap sem falar em Racionais Mc’s e, consequentemente, em Mano Brown. Integrante de um dos mais famosos grupos de rap brasileiro, Pedro Paulo Soares Pereira faz parte do Racionais, formado em 1988 na capital paulista, desde o início. Nominado em 28° lugar na lista dos 100 artistas mais influentes de 2008 pela revista Rolling Stones, Brown lançou em 2016 o disco “Boogie Naipe”, seu primeiro álbum solo, resgatando a pegada soul no estilo dos bailes blacks da década de 70 e 80. Pra você que já conhece, ou que quer conhecer, aqui vai uma seleção especial de frases do Mano Brown. Coloca os fones e vem!
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