Racionalismo e empirismo: diferença Enquanto o empirismo valoriza as ciências experimentais, o racionalismo busca explicar os fenômenos a partir do estudo das ciências exatas. Segundo essa linha de pensamento, o conhecimento só será alcançado por meio do bom uso da razão. A principal diferença entre empirismo e racionalismo é que o empirismo o conhecimento é alcançado unicamente pela experiência e pelo racionalismo, pela razão. Para os racionalistas, todas as ideias que temos têm origem na pura racionalidade, o que impõe também uma concepção inatista, isto é, de que as ideias têm origens inatas no ser humano, nascendo conosco em nosso intelecto e sendo usadas e descobertas pelas pessoas que fazem melhor uso da razão. Na filosofia, empirismo é uma teoria do conhecimento que afirma que o conhecimento sobre o mundo vem apenas da experiência sensorial. O método indutivo, por sua vez, afirma que a ciência como conhecimento só pode ser derivada a partir dos dados da experiência. O empirismo é uma teoria filosófica que argumenta que todo o conhecimento humano deve ser adquirido de experiências sensoriais. Ou seja, a partir de suas vivências, e não instintos ou conhecimento nato, os indivíduos vão adquirindo saberes, consciência e aprendizado. Ceticismo e dogmatismo Enquanto o dogmatismo indica uma crença numa verdade absoluta e indiscutível, o ceticismo é próprio de uma atitude de dúvida em relação a essas verdades ou à capacidade de solucionar definitivamente questões filosóficas. O Racionalismo é uma corrente filosófica que traz como argumento a noção de que a razão é a única forma que o ser humano tem de alcançar o verdadeiro conhecimento por completo. O filósofo, físico e matemático René Descartes foi um dos principais difusores dos pensamentos ligados a essa teoria. Através de suas teorias, o inatismo apresenta o ser humano como um agente estático, sem a possibilidade de sofrer mudanças. ... Essa é a ideia central do empirismo: a única fonte de conhecimento humano é a experiência adquirida em função do meio físico, mediada pelos sentidos. Inatismo é quando o individuo já nasce ,tudo o que somos já carregamos em nossa alma antes de nascer. Empirismo é como se fosse uma folha em branco ,pois tudo oque somos é construído pela experiência como afolha em branco prontas para serem escritas. Características do empirismo O empirismo defende que toda a nossa estrutura cognitiva é formada com base na experiência prática, de modo que, quanto mais vastas, intensas e ricas as nossas experiências, mais amplo e profundo torna-se o nosso conhecimento. nada está no intelecto Em contrapartida ao racionalismo cartesiano, contudo, o empirismo representa uma tradição filosófica que, tomando como lema a frase aristotélica “nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos”, acredita que todo conhecimento resultaria de percepções sensíveis, desenvolvendo-se a partir desses dados. O Ceticismo É algo que pode se parecer difícil de entender, mas que no fundo tem uma ligação com o fato de não crer em nada. ... Já o dogma filosófico nos traz a possibilidade de se entender os fatos e conhecer a verdade, a se submeter a esses dados e a acreditar nessas informações sem nenhuma preocupação, sem questionar. Dogmatismo é, acima de tudo, uma postura, mas pode ser também uma doutrina (ou um conjunto de doutrinas). A postura dogmática defende que existem certos postulados que estão fora do alcance da crítica. O racionalismo consiste em acreditar nas ideias inatas e no raciocínio lógico, através da razão. É, de certo modo, a própria filosofia desde a sua origem pois, de facto, a razão é a condição de todo o pensamento teórico. O Racionalismo baseia-se no princípio de que a razão é a principal fonte de conhecimentos e que essa é inata aos humanos. Assim, o raciocínio lógico seria construído através da dedução de ideias, tal como os conhecimentos de Matemática, por exemplo. Inatismo e empirismo Assim como o inatismo, o empirismo é um pensamento filosófico que tenta explicar o processo de aprendizagem dos seres humanos. ... Para o empirismo, todo o conhecimento é criado a partir de uma experiência, através da captura dos sentidos. Enquanto o empirismo declara que aprendemos com as nossas experiências, o construtivismo dá um passo além, ao propor que o conhecimento vem de como processamos essas experiências mentalmente a fim de construir um modelo mental dessas experiências que faça sentido para nós. Enquanto o empirismo declara que aprendemos com as nossas experiências, o construtivismo dá um passo além, ao propor que o conhecimento vem de como processamos essas experiências mentalmente a fim de construir um modelo mental dessas experiências que faça sentido para nós. Dogmatismo é toda doutrina que afirma a capacidade do homem de atingir a verdade absoluta e indiscutível. ... O dogmatismo corresponde à atitude de todo aquele que crê que o homem tem meios para atingir a verdade não se confrontando com a dúvida e não problematizando o conhecimento.
Página inicialFilosofiaRacionalismo e Empirismo: diferenças
Racionalismo e o empirismo são duas tendências de pensamento epistemológico que surgiram no início da Idade Moderna, que influenciaram distintas vertentes de filosofia e teorias científicas. Apesar de suas diferenças, ambas buscavam entender o modo como adquirimos conhecimento, e como conhecer de maneira segura. O racionalismo entende que o conhecimento humano surge partindo da razão, já o empirismo parte da premissa de que todo conhecimento ocorre a partir da experiência sensorial, empírica. Essas duas escolas estabeleceram métodos rigorosos para alcançar o conhecimento científico. René Descartes (1596-1650) foi um filósofo, matemático e físico francês, considerado um dos pais da filosofia moderna e principal representante do Racionalismo. Segundo ele, para conhecermos a verdade, precisamos primeiramente colocar em dúvida todos os conhecimentos que adquirimos por meio do sentidos. Desconfiando dos sentidos, pois estes podem alterar e promover erros no nosso processo de cnhecer e entender de mundo, Descartes estabelece que o único meio para conhecer de maneira segura e fiel é por meio da razão. Racionalismo é, portanto, toda filosofia que privilegia a razão no processo de conhecer os objetos e as coisas do mundo. “Penso, logo existo.” Deste modo, ele constatou que a única verdade totalmente livre de dúvida era que ele pensava. Deduziu então que, se pensava, era necessário existir um ser pensante, e se ele pensava, isso significava que ele existia. Todo o resto pode ser falso, mas sua existência enquanto ser pensante era uma verdade inquestionável, por isso ele usou esse entendimento como princípio de toda a sua filosofia. Para Descartes, o ser humano era basicamente uma substância pensante, e o pensamento correspondia a tudo o que afirmamos, negamos, sentimos, imaginamos, acreditamos e sonhamos. Segundo ele, no mundo havia apenas duas substâncias distintas e separadas: a substância pensante, correspondente à esfera do eu ou da consciência, e a substância extensa, correspondente ao mundo corpóreo, material. O ser humano seria composto dessas duas substâncias, enquanto a natureza se constituiria apenas de substância extensa. Essa concepção contrariava a noção tomista-aristotélica predominante, segundo a qual haveria tantas substâncias quantos eram os seres que existem. Descartes concluiu que o pensamento é mais certo do que qualquer experiência, para ele os objetos só eram concebíveis como uma dedução do saber que se desenvolvia na mente. Por conta disso ele priorizou o ser pensante ao invés da matéria, a atividade do sujeito pensante ao invés do objeto percebido. Segundo ele, o verdadeiro conhecimento das coisas externas devia ser conseguido através do trabalho lógico da mente. Por conta disso, ele atribuiu grande valor à matemática como instrumento de compreensão da realidade, por ser uma ciência exata. Para justificar sua concepção, ele supunha a existência de ideias fundadoras do conhecimento, que as chamava de ideias inatas, que segundo ele nasciam com o sujeito pensante e que, por isso, dispensariam a percepção de um objeto exterior para se formarem no pensamento. Alguns conceitos matemáticos, as formas geométicas e a noção de Deus eram exemplos de ideias inatas. Entre os principais defensores do inatismo no processo de conhecimento temos Platão, na Antiguidade, Santo Agostinho, na Idade Média, e René Descartes, na Idade Moderna. Essa filosofia que defendia a existência de ideias inatas, provocou uma forte reação de vários pensadores. Alguns deles passaram a defender justamente o contrário, isto é, de que o processo de conhecimento depende sempre da experiência e dos sentidos, e que consequentemente não existiriam ideias inatas. Deste modo, surgiram outras filosofias modernas chamadas de empiristas, que vem do grego empeiria, que significa 'experiência'. Entre os principais defensores do empirismo estão Aristóteles, na Antiguidade, e São Tomás de Aquino, na Idade Média, Francis Bacon, Thomas Hobbes, John Locke e David Hume, na Idade Moderna. Um dos maiores representantes do empirismo britânico foi John Locke (1632-1704), tendo interesse por diversos campos de estudo, como a química, a teologia, a filosofia, apesar de ter se formado em medicina. Em seu livro, 'Ensaio acerca do entendimento humano', Locke tornou-se o principal representante do empirismo. Nessa obra, combateu duramente a doutrina cartesiana segundo a qual o ser humano possui ideias inatas. Ao contrário do inatismo de Descartes, o filósofo inglês defendia que nossa mente, no instante do nascimento, é como uma tábula rasa. Tábula significa “tábua” ou “placa de madeira” ou de outro material; o adjetivo rasa quer dizer “plana, lisa”. assim, a expressão tábula rasa usada por Locke tem o significado de “tábua lisa”, na qual nada foi escrito nem gravado. Ao nascer, nossa mente seria como um papel em branco, sem nenhuma ideia previamente escrita. Assim, Locke retomava a tese empirista segundo a qual nada existe em nossa mente que não tenha sua origem nos sentidos. Para ele, as ideias que possuímos são adquiridas ao longo da vida mediante a experiência sensível imediata e seu processamento interno. Esse processamento interno ocorria por meio de dois tipos de ideias, as ideias da sensação e as ideias da reflexão. As ideias da sensação são nossas primeiras ideias, que chegam à mente através dos sentidos, quando temos uma experiência sensorial. Essas ideias seriam moldadas pelas qualidades próprias dos objetos externos, constituindo ideias de amarelo, branco, quente, frio, mole, duro, amargo, doce etc. As ideias da reflexão resultam da combinação e associação das sensações por um processo de reflexão, de tal maneira que a mente vai desenvolvendo outra série de ideias que não poderiam ser obtidas pelas coisas externas. Como a percepção, o pensamento, o duvidar, crer, raciocinar, entre outras. A reflexão seria nosso “sentido interno”, que se desenvolve quando a mente se debruça sobre si mesma, analisando suas próprias operações. Das ideias simples, a mente avança em direção a ideias cada vez mais complexas. ARANHA, Maria Lúcia; MARTINS, Maria Helena. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2009. CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000. COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirna. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2013. JAPIASSÚ, MARCONDES. Dicionário Básico de Filosofia. 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