Diarreia por mais de uma semana o que pode ser

Estou com uma diarréia a há uma semana, não tenho colica, nem febre nada simplesmente vou ao banheiro mais vezes e é só agua, o que devo fazer?

Olá. Você está com uma diarréia aguda de curso prolongado. Em geral uma diarreia aguda tem uma duração de 3-5 dias e suas causas são: intoxicação alimentar, infecção ou medicamentosa. A principal preocupação é separar a infeciosa bacteriana das outras causas... Pois esta primeira precisa usar antibióticos sistêmicos. Por esse motivo é fundamental identificar fatores de gravidade: dor abdominal muito intensa, sangramento mas fezes, febre, calafrios e dor região ano retal. Isso sugere etiologia bacteriana. Outros critérios que merecem atenção é duração superior a 7 dias, idade superior a 65 anos, e frequência das evacuações acima de 10x dia.

Em geral, uso de reguladores de flora intestinal e hidratação ( soro de reidratação após cada evacuação) resolve o problema. Caso persista, sugiro procurar o seu médico, preferencialmente um Gastroenterologista, para realizar uma avaliação mais específica: coprocultura, leucócitos fecais, parasitológico fezes, dentre outros.

  • Olá, boa tarde! Estou tomando amoxicilina há 4 dias, e desde então estou com muita diarréia. É só eu comer algo que vou correndo pro banheiro. Estou tomando a de 500mg.... de 8/8 horas.... Já estou sentindo muita ardência no ânus, está insuportável. Será que isso é normal???
  • Tomei imosec para conter a dor da diarreia, agora estou 4 dias sem evacuar, isto é normal ?
  • Bom dia, tenho 41 anos e estou com diarreia e de uma maneira dolorosa como nunca, uma ardência grandiosa que dói muito, o que eu faço para conter esse mal estar?
  • Tenho 75 anos. Fiz colonoscopia na segunda feira, na quarta minhas fezes saíram bem moles, hoje quinta feira saiu uma diarreia com jato de água. É normal?
  • Olá.... diarréia por rotavírus dura quanto tempo? Ela para sozinha?
  • Eu estava com diarréia, eu tomei uma imosec e uma fragyl junto os dois comprimidos, minha diarréia passou mas já faz 4 dias q não evacuo, pode ser normal??? Por favor me ajudem estou preocupado.
  • Boa noite, meu filho de 2anos e 6 meses entrou na escola esse, desde então gripado bastante, teve pe-mao-boca, infecção de ouvido e decido a isso td tomou amoxilina pelo menos 1x ao mes dede fevereiro. Da última foi devido a infecção de ouvido e a pediatra passou amotinados por 10 dias, acabou no sábado…
  • Ultimamente minhas fezes sai com excesso de muco, na verdade é mais muco do que fezes. Costumo evacuar de 5 a 7 vezes ao dia. A evacuação da noite é mais complicada pois sinto muita cólica. Minhas fezes costumam ser semi-liquidas e eu acredito que isso pode ser por causa da Metformina. Diante disso,…
  • Sempre que como carne de porco passo mal. Barulhos no estômago, dor de estômago e diarreia. Só com carne suína. Poderia ser alergia?
  • estou tomando pantoprazol e minhas fezes estão amareladas,é por causa do remedio?

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Num adulto, a diarreia é um dos principais motivos de consulta em gastrenterologia. A diarreia pode ser aguda (quando dura alguns dias e tem como causa principal infeções virais) ou crónica. Nas situações ligeiras e autolimitadas não é necessário recorrer a um médico, refere Miguel Serrano, gastrenterologista do Hospital Lusíadas Lisboa. Mas esteja atento aos sinais que listamos de seguida para saber quando deve procurar um especialista. E tenha presente que o uso de antibióticos (que até pode ser uma das causas) deve ser excecional.

O que é?

Habitualmente, a diarreia traduz-se por uma alteração no volume e consistência das fezes. E está associada a um aumento do número de dejeções diárias. Ainda assim, a definição estrita de diarreia não é consensual e cabe ao médico avaliar a sintomatologia apresentada. Devem valorizar-se quaisquer alterações ao normal padrão de funcionamento do intestino, bem como outros sintomas acompanhantes.

Quando ir ao médico

A avaliação médica justifica-se se não forem situações ligeiras e autolimitadas. Deve recorrer a um especialista nos seguintes casos:

  • Diarreia prolongada (por um período superior a 2 semanas);
  • Presença de sangue nas fezes;
  • Emagrecimento;
  • Sintomas noturnos;
  • Febre elevada e prolongada (duração igual ou superior a 72 horas);
  • Vómitos persistentes;
  • Sinais de desidratação;
  • Doenças crónicas ou imunossupressão concomitantes.

Tipos de diarreia

1. Diarreia aguda

As queixas não se prolongam por mais de 2 semanas e, na grande maioria, não ultrapassam poucos dias.

Causas: A maior parte das diarreias agudas são de etiologia infeciosa e, dentro destas, a causa mais frequente são os vírus ou intoxicações alimentares provocadas por toxinas bacterianas.

2. Diarreia crónica

A diarreia crónica pode constituir um desafio no diagnóstico. Para a sua investigação, interessa apurar dados relativos à pessoa (o género, a idade, a toma de medicamentos, os hábitos sexuais e a história familiar) e às características do quadro que apresenta (número de dejeções diárias e a ocorrência noturna, a presença de sangue, muco ou pus nas fezes, dor abdominal, febre, sudorese noturna e palpitações). É também importante saber se há anorexia ou emagrecimento significativos.

Causas

Síndrome do intestino irritável: dor abdominal acompanhada de diarreia; implica ausência de diarreia noturna frequente e a emissão de sangue nas fezes, febre e emagrecimento. O seu início é mais frequente nas idades jovens.

Doença inflamatória intestinal (Doença de Crohn e colite ulcerosa): pode manifestar-se através de uma miríade de sintomas, desde diarreia crónica (com ou sem emissão de sangue nas fezes) acompanhada de dor abdominal e febre, até situações de desnutrição grave. O seu início é mais frequente nas idades jovens.

Intolerância à lactose: quando a diarreia se manifesta entre 30 minutos a 2 horas após a ingestão de leite e/ou derivados e é acompanhada de dor e distensão abdominal, flatulência. Estima-se que esta intolerância afete cerca de um quarto da população.

Síndrome de malabsorção: nos países ocidentais, a principal causa desta síndrome é a doença celíaca.

Neoplasias: entre as neoplasias, os tumores do cólon e do reto são os mais frequentes e têm maior prevalência após os 50 anos de idade.

Medicamentos: são uma causa cada vez mais reconhecida de diarreia crónica. Há fármacos de uso comum (e até abusivo) que muitas vezes se associam a diarreia, como os anti-inflamatórios não esteroides, inibidores da bomba de protões e alguns psicofármacos. Por se tratar de um diagnóstico de exclusão, alguns medicamentos devem ser suspensos ou substituídos por equivalentes, se tal for possível.

Erros a evitar

O uso de antibióticos deve ser excecional, ficando reservado para os casos mais prolongados de diarreia, que se acompanham de febre alta e sintomas constitucionais importantes, como mal-estar geral, vómitos e anorexia, bem como sinais de desidratação.

Tratamento

  • Evitar a desidratação. Ter particular atenção à hidratação nos meses mais quentes do ano, na população idosa e nos doentes crónicos;
  • Se for necessário, pode recorrer-se a soluções com eletrólitos para corrigir défices iónicos eventuais. Esta avaliação e prescrição deve ser sempre orientada por um médico;
  • Pode ser útil não ingerir leite, gorduras e fibras em excesso;
  • A utilização de probióticos é mais comum nos casos de diarreia atribuída a medicamentos – antibióticos, na maior parte dos casos.

Você sabe o que causa diarreia? Desde a primeira infância, a diarreia é um dos sintomas mais comuns que enfrentamos em algum momento frágil de saúde. O estado que a caracteriza é o aumento na frequência das idas ao banheiro para defecar e/ou no volume das fezes, ou ainda a diminuição da sua consistência, tornando-a aparentemente aquosa.

Na maioria das vezes, o quadro é passageiro e fácil de ser tratado, sem exigir uma interferência médica. Mas, dependendo dos sintomas que a acompanham, como mal-estar, dores, vômito ou a presença de sangue nas fezes, pode exigir um pouco mais de atenção. Então, como saber se o que causa diarreia é algo grave?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, o sintoma pode ser classificado em dois graus: diarreia aguda, em que a duração é inferior a duas semanas, e crônica, associada a doenças mais graves e que perdura por mais de quatro semanas.

O diagnóstico correto do quadro só poderá ser confirmado por um profissional da área. Mas é preciso ficar atento aos sinais e à duração do sintoma para saber quando é a hora de procurar ajuda.

A diferença entre diarreia e disenteria

Diarreia: Neste caso acontece um aumento da frequência ou diminuição da consistência fecal. É considerada diarreia mais de três evacuações no período de 24 horas. A diarreia pode ser dividida em:

Aguda – que dura 14 dias;

Persistente – por mais de 14 dias;

Crônica – que dura mais de 4 semanas.

Disenteria: Para ser considerado uma disenteria, a diarreia está associada a dor, com muco e sangue nas fezes¹.

A diarreia pode trazer algumas complicações e a principal delas é a desidratação. A desidratação apresenta alguns sinais como a ausência de lágrimas, o afundamento da moleira, boca e língua secas, diminuição da quantidade de urina, olhos fundos e muita sede. Ao notar estes sintomas, é importante procurar um médico para iniciar o tratamento.

Diferença entre diarreia e disenteria

Apesar de nas duas situações poder ser observado o aumento no número de evacuações por dia e alteração na consistência das fezes, na disenteria é possível observar a presença de muco e sangue nas fezes, o que não acontece em caso de diarreia.

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O que causa diarreia? 5 causas comuns

A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia afirma que um dos principais dilemas é decidir quando submeter o paciente a uma investigação mais específica e iniciar um tratamento. Por isso, o primeiro passo é entender o histórico clínico do quadro, o aspecto das fezes e o contato com possíveis agentes externos ou condições de saúde pré-existentes que podem ser desencadeantes.

Entre as causas mais frequentes da diarreia, podemos citar:

1. Vírus, bactérias ou parasitas

A diarreia infeciosa é classificada como aguda e pode ser causada por bactérias como a Salmonella e a Shighella, toxinas bacterianas como a do estafilococus ou infecções virais, que geralmente provocam também febre, desanimo e falta de apetite.

É muito mais comum em crianças e pode durar até uma semana, se não for devidamente tratada. A Sociedade Brasileira de Pediatria aponta que a presença constante desse sintoma pode favorecer a desidratação ou a desnutrição do paciente.

Além disso, parasitas intestinais como a amebíase e giardíase, que são transmitidos por meio da ingestão de cistos presentes em alimentos ou água contaminados de fezes humanas, também podem causar infecções e provocar a diarreia, exigindo um tratamento específico.

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2. Alimentação

No caso dos alimentos, existem três situações que podem desencadear a diarreia. A primeira é o consumo excessivo de açúcar – que fermenta bastante no corpo – e gorduras, principalmente presentes nos industrializados, o que pode soltar o intestino dependendo da sensibilidade de cada organismo.

A contaminação ou intoxicação alimentar é outra opção muito frequente, em especial no verão, já que altas temperaturas podem comprometer a conservação de alimentos e favorecer a proliferação dos micro-organismos nocivos à saúde. Os principais vilões são as carnes (principalmente cruas), frutos do mar, ovos, maionese, verduras mal lavadas e leites e derivados fora de refrigeração.

Ainda, as intolerâncias e alergias a alimentos específicos são problemas comuns que afetam milhões de pessoas e provocam reações como a diarreia e gases. Podemos citar a doença celíaca (glúten) e intolerância à lactose como as mais presentes entre a população.

3. Medicamentos

O uso de antibióticos no tratamento de infecções, principalmente de forma excessiva, desnecessária ou inadequada, pode causar diarreia como um dos efeitos colaterais. O mesmo pode ocorrer diante de altas doses de vitamina C e alguns medicamentos para o coração e tratamento do câncer.

Isso porque alguns medicamentos em excesso acabam atuando na destruição indiscriminada das boas e das más bactérias dos intestinos, gerando um desequilíbrio.

Quem sofre de constipação intestinal e procurou ajuda médica para o uso de laxantes também precisa ter cuidado com sua constância e abuso, pois pode levar a um piora do quadro e provocar diarreia e fragilidade na parede do intestino.

4. Doenças inflamatórias do intestino

A Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn explica que essas duas doenças, que causam inflamação no trato digestivo, são muito conhecidas quando falamos sobre o que causa diarreia. Ambas precisam de atenção médica para controle dos sintomas.

A colite ulcerativa é uma inflamação e ulceração da camada mais superficial do cólon, provocando diarreia, sangramento retal e, às vezes, dor abdominal. Já a Doença de Crohn, que possui sintomas semelhantes, pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal, se tratando de uma condição crônica, que exige um acompanhamento por toda a vida.

5. Síndrome do Intestino Irritável

Um distúrbio bem mais comum entre a população feminina, que gera episódios de desconforto abdominal, dor, diarreia e prisão de ventre. Sua causa ainda é desconhecida, mas os especialistas acreditam que se relaciona a contrações musculares no intestino, infecções e inflamações do órgão, alterações no sistema nervoso digestivo ou na microbiota intestinal.

Os principais gatilhos que desencadeiam as crises são a má alimentação e qualidade de vida, alterações hormonais (como nas mudanças da menopausa), estresse e ansiedade. O tratamento envolve uma mudança de hábitos, incluindo dieta rica em fibras e medicamentos que ajudam a soltar o intestino e diminuir as dores.

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Dicas para aliviar o quadro de diarreia

A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade afirma que se automedicar pode ser prejudicial ao quadro e à saúde geral, pois a diarreia é um jeito de o corpo eliminar as toxinas que o estão adoecendo e os remédios podem interrompê-lo. Por isso, o ideal é esperar que ela pare sozinha, sem intervenção.

Durante os dias de desequilíbrio intestinal, é essencial se hidratar tomando bastante líquidos e se alimentar com comidas leves, dando preferência às carnes magras, frutas, bebidas isotônicas, sucos naturais e chás. Evite alimentos que afetam o intestino e agravam os sintomas, como café, refrigerantes, doces, comidas gordurosas e/ou picantes, leite e derivados.

Quando procurar ajuda médica?

Para os casos em que a diarreia é o único sintoma, a recomendação é procurar por um profissional da saúde de confiança se ela não desaparecer naturalmente após sete dias. Crianças e idosos se desidratam mais rapidamente, então vale reduzir esse tempo para 2 dias, principalmente quando há muitos episódios de diarreia sequenciais e o paciente está bebendo pouco líquido.

No entanto, se os episódios de diarreia forem alternados com crises de prisão de ventre ou o aspecto das fezes parecer diferente, com a presença de sangue ou traços evidentes de gordura (má absorção), a conduta muda e é preferível realizar uma avaliação profissional.

O mesmo é indicado se as idas ao banheiro forem muito repetitivas e o paciente começar a apresentar sinais de desidratação, como apatia, boca seca e choro sem lágrimas, antes do período de sete dias.

Já quando o quadro vem acompanhado de outros sintomas desde o início, como febre, palpitações, boca seca, cólicas, vômitos, sudorese, mal-estar geral, muco ou pus nas fezes, ou se apresentar de forma crônica é importante a consulta com um especialista imediatamente.

São grandes as chances de que a diarreia esteja relacionada a outras doenças graves, como úlcera gastrointestinal, doenças inflamatórias do intestino, cânceres intestinais, alterações da imunidade como AIDS ou patologias que acarretam a má absorção dos nutrientes.

Exames podem ser necessários

Para o diagnóstico correto para saber o que causa diarreia, além do exame físico abdominal, o médico pode solicitar exames laboratoriais complementares, como os de sangue. O hemograma avalia a presença de anemia e alterações na fórmula leucocitária e o ionograma, avalia a ureia e a creatinina, mostrando a perda de fluidos e eletrólitos e como está a função renal.

Além disso, um exame das fezes auxilia na detecção de parasitas e na escolha do tratamento para os casos de doença intestinais, enquanto os exames endoscópicos são utilizados apenas na suspeita de colite pseudomembranosa, colite isquémica, e doenças inflamatórias intestinais.

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