A musica popular erudita e folclorica pdf

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Manual da Fossa
(Mica Rocha)

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Casei-me com um morto (Cornell Woolrich)

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A Parte que Falta
(Shel Silverstein)

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Apegados (Amir Levine e Rachel Heller)

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O Gerente (Carlos Drummond de Andrade)

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Sempre faço tudo errado quando estou feliz (Rachel Segal)

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O que o sol faz com as flores (Rupi Kaur)

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Brazilian publishing house created in 1891 in Rio de Janeiro. Was sold to Vieira Machado & Cia. in 1893

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F. ### C.

State of Research of Brazilian Music Música "erudita", "folclórica" e "popular" do Brasil:

Interações e inferências para a musicologia e etnomusicologia modernas

Gerard Béhague

Lisboa (octubre 98)

Nos seus famosos "desafios à musicologia", o professor Joseph Kerman (Contemplating Music, 1985) dedica um capítulo à etnomusicologia e "musicologia cultural" (um termo um tanto infeliz proposto em 1968 por Gilbert Chase numa das conferências inaugurais do doutorado em musicologia na Universidade da Cidade de N. Iorque, intitulada "Musicologia e as ciências sociais", publicada no livro Perspectives in Musicology [Norton, 1972]). Nesse capítulo, Kerman parece interessado somente em contestar os possíveis modos com que os métodos etno-históricos e etnomusicológicos poderiam ser aplicados ao estudo da música erudita ou culta ocidental. Apesar de reconhecer a existência de "reiteradas tentativas . . . de tratar da música erudita ocidental em termos de história social e cultural" (p. 170, de Curt Sachs até Leonard Meyer), o que não é bem semelhante à posição de Gilbert Chase em relação às ciências sociais, Kerman acredita que a falha relativa da aplicação da pesquisa etno­musicológica à música ocidental veio sobretudo da sua incrível mas real convicção que "a música ocidental é mesmo diferente demais de outras músicas, e seus contextos culturais diferentes demais de outros contextos culturais", sem especificar, no entanto, em que outras músicas e outros contextos estava pensando, provavelmente a música ocidental por um lado, e as do resto do planeta, por outro! Além disso, ele afirma que a musicologia foi tradicionalmente uma aliada das humanidades e não das ciências sociais. Se bem reconhece que "os estudiosos humanistas de hoje estão aprendendo tanto das ciências sociais", contudo, na sua opinião, os musicólogos devem evitar concluir qualquer coisa diretamente das ciências sociais nos seus estudos da música ocidental. A razão um tanto simplista invocada para apoiar essa sua opinião se refere à suposta falta de "resultados uniforme­mente magníficos no que se refere às músicas não-ocidentais, conforme [End Page 57] testemunha a prolongada polarização dentro do campo da etno­musicologia". Portanto, temos aqui uma visão bastante condescendente e uma falta evidente de compreensão da história da etnomusicologia. Finalmente, o Professor Kerman alude às possíveis direções que a tal de "musicologia cultural" poderia tomar quando afirma: "Hoje em dia há novas oportunidades para iniciativas em ‘musicologia cultural', mas essas poderão tomar um curso diferente daquilo que Chase antecipava" (181). Com certeza, se a etnomusicologia representava na década de 80 um desafio à musicologia, Joseph Kerman falha de forma extrema em identificar o desafio e sua possível solução, em parte por causa da sua visão preconcebida e tendenciosa do desenvolvimento histórico e ideológico da etnomusicologia desde os anos 50.

Desde o fim da década de 60, a musicologia (encarada de forma abran­gente) tem reconhecido a necessidade da interdisciplinariadade. Já em 1968, um dos mais influentes musicólogos norte-americanos, Paul Henry Lang, embora nascido na Hungria e educado na Europa, lamentava o isolamento da musicologia e a distância que tinha aumentado entre a disciplina e o ambiente cultural no qual ela existe, ou seja o seu contexto histórico-cultural. No ensaio "Musicologia e disciplinas afins" (em Perspectives in Musicology) ele afirma: "Estamos todos de acordo que a musicologia precisa da assistência não só das humanidades mas das ciências naturais e sociais." Também declara enfaticamente que o estudo musicológico norte-americano faz votos para que seja mais "organizado a fim de conseguir uma base mais institucionalizada e mais interdisciplinar". De um modo geral, pode-se dizer que o seu desejo foi realizado, já que hoje...