O verso que melhor exemplifica os efeitos nocivos da rosa de Hiroshima está em

Meus caros,

como prometido, posto hoje mais 5 exercícios para que vocês revisem os principais conteúdos que poderão ser cobrados na prova objetiva da FUVEST.

Sem perder tempos dessa vez. Mãos à obra! =P

Questão 6 – (FUVEST 2011)

Já na segurança da calçada, e passando por um trecho em obras que atravanca nossos passos, lanço à queima-roupa:— Você conhece alguma cidade mais feia do que São Paulo?

— Agora você me pegou, retruca, rindo. Hã, deixa eu ver… Lembro-me de La Paz, a capital da Bolívia, que me pareceu bem feia. Dizem que Bogotá é muito feiosa também, mas não a conheço. Bem, São Paulo, no geral, é feia, mas as pessoas têm uma disposição para o trabalho aqui, uma vibração empreendedora, que dá uma feição muito particular à cidade. Acordar cedo em São Paulo e ver as pessoas saindo para trabalhar é algo que me toca. Acho emocionante ver a garra dessa gente.

R. Moraes e R. Linsker. Estrangeiros em casa: uma caminhada pela selva urbana de São Paulo.  National Geographic Brasil. Adaptado.

Os interlocutores do diálogo contido no texto compartilham o pressuposto de que:

a) cidades são geralmente feias, mas interessantes.

b) o empreendedorismo faz de São Paulo uma bonita cidade.

c) La Paz é tão feia quanto São Paulo.

d) São Paulo é uma cidade feia.

e) São Paulo e Bogotá são as cidades mais feias do mundo.

Letra D

Questão 7 – (FUVEST 2011)

Já na segurança da calçada, e passando por um trecho em obras que atravanca nossos passos, lanço à queima-roupa:— Você conhece alguma cidade mais feia do que São Paulo?

— Agora você me pegou, retruca, rindo. Hã, deixa eu ver… Lembro-me de La Paz, a capital da Bolívia, que me pareceu bem feia. Dizem que Bogotá é muito feiosa também, mas não a conheço. Bem, São Paulo, no geral, é feia, mas as pessoas têm uma disposição para o trabalho aqui, uma vibração empreendedora, que dá uma feição muito particular à cidade. Acordar cedo em São Paulo e ver as pessoas saindo para trabalhar é algo que me toca. Acho emocionante ver a garra dessa gente.

R. Moraes e R. Linsker. Estrangeiros em casa: uma caminhada pela selva urbana de São Paulo.  National Geographic Brasil. Adaptado.

No terceiro parágrafo do texto, a expressão que indica, de modo mais evidente, o distanciamento social do segundo interlocutor em relação às pessoas a que se refere é

a) “disposição para o trabalho”.

b) “vibração empreendedora”.

c) “feição muito particular”.

d) “saindo para trabalhar”.

e) “dessa gente”.

Letra E

Questão 8 –  (FUVEST 2011)

Já na segurança da calçada, e passando por um trecho em obras que atravanca nossos passos, lanço à queima-roupa:— Você conhece alguma cidade mais feia do que São Paulo?

— Agora você me pegou, retruca, rindo. Hã, deixa eu ver… Lembro-me de La Paz, a capital da Bolívia, que me pareceu bem feia. Dizem que Bogotá é muito feiosa também, mas não a conheço. Bem, São Paulo, no geral, é feia, mas as pessoas têm uma disposição para o trabalho aqui, uma vibração empreendedora, que dá uma feição muito particular à cidade. Acordar cedo em São Paulo e ver as pessoas saindo para trabalhar é algo que me toca. Acho emocionante ver a garra dessa gente.

R. Moraes e R. Linsker. Estrangeiros em casa: uma caminhada pela selva urbana de São Paulo.  National Geographic Brasil. Adaptado.

Ao reproduzir um diálogo, o texto incorpora marcas de oralidade, tanto de ordem léxica, caso da palavra “garra”, quanto de ordem gramatical, como, por exemplo,

a) “lanço à queima-roupa”.

b) “Agora você me pegou”.

c) “deixa eu ver”.

d) “Bogotá é muito feiosa”.

e) “é algo que me toca”.

Letra C

Questão 9 – (FUVEST 2011)

A ROSA DE HIROXIMA

Pensem nas criançasMudas telepáticasPensem nas meninasCegas inexatasPensem nas mulheresRotas alteradasPensem nas feridasComo rosas cálidasMas oh não se esqueçamDa rosa da rosaDa rosa de HiroximaA rosa hereditáriaA rosa radioativaEstúpida e inválidaA rosa com cirroseA antirrosa atômicaSem cor sem perfume

Sem rosa sem nada.

Vinicius de Moraes, Antologia poética.

Neste poema,

a) a referência a um acontecimento histórico, ao privilegiar a objetividade, suprime o teor lírico do texto.

b) parte da força poética do texto provém da associação da imagem tradicionalmente positiva da rosa a atributos negativos, ligados à ideia de destruição.

c) o caráter politicamente engajado do texto é responsável pela sua despreocupação com a elaboração formal.

d) o paralelismo da construção sintática revela que o texto foi escrito originalmente como letra de canção popular.

e) o predomínio das metonímias sobre as metáforas responde, em boa medida, pelo caráter concreto do texto e pelo vigor de sua mensagem.

Letra B

Questão 10 – (FUVEST 2011)

A ROSA DE HIROXIMA

Pensem nas criançasMudas telepáticasPensem nas meninasCegas inexatasPensem nas mulheresRotas alteradasPensem nas feridasComo rosas cálidasMas oh não se esqueçamDa rosa da rosaDa rosa de HiroximaA rosa hereditáriaA rosa radioativaEstúpida e inválidaA rosa com cirroseA antirrosa atômicaSem cor sem perfume

Sem rosa sem nada.

Vinicius de Moraes, Antologia poética.

Dentre os recursos expressivos presentes no poema, podem-se apontar a sinestesia e a aliteração, respectivamente, nos versos

a)   2  e  17.

b)   1  e    5.

c)   8  e  15.

d)   9  e  18.

e) 14  e    3.

Letra C

SINESTESIA – figura de palavra  que consiste em agrupar e reunir sensações originárias de diferentes órgãos do sentido: visão, tato, olfato, paladar e audição.

ALITERAÇÃO – figura de linguagem que consiste na repetição de determinados elementos fônicos, ou seja, sons consonantais idênticos ou semelhantes.

  1. 1. A Rosa de Hiroshima Vinicius de Moraes
  2. 2. A Rosa de Hiroshima Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas, oh, não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroshima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A anti-rosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa, sem nada Vinicius de Moraes
  3. 3. Contexto histórico • Nestes versos deparamo-nos com a descrição de uma grande tragédia de uma bomba atómica, no âmbito da 2ª Guerra Mundial, que atingiu a cidade japonesa de Hiroxima. • Esta trágico acontecimento afetou pessoas até 12 Km do epicentro, provocando casos de cegueira, cancro e, até mesmo, a morte. Mesmo passado uns anos os filhos das vitimas deste massacre sofreram com ele, nascendo com deformidades e cancros devido à exposição de radiação que os seus pais foram submetidos. Daí o surgimento da expressão «bombas hereditárias».
  4. 4. O porquê da comparação a uma rosa… • Esta comparação está num sentido figurado, pois a bomba vista aereamente dá um efeito de plasticidade e coloração que, aos olhos do poeta, faz lembrar uma rosa. • Mas esta rosa está cheia de sarcasmos pois a rosa, por nós conhecida, é um símbolo de beleza e harmonia, o que nesta rosa não existe claramente pois é um símbolo de tristeza, guerra e horror.
  5. 5. Divisão do poema O poema está dividido em duas partes: • A primeira parte descreve as consequências da bomba. • A segunda parte, Vinicius, apresenta a bomba como: «hereditária», «estúpida» e «inválida»; a causadora de todos os males.
  6. 6. «Pensem nas feridas Como rosas cálidas» • Neste excerto, ocorre uma comparação, onde existe a associação de dois termos, neste caso, o autor, tem como objetivo comparar as «feridas» com «rosas cálidas»; «feridas» que ainda estavam ardentes, que ainda não tinha sido esquecidas…
  7. 7. «Da rosa da rosa Da rosa de Hiroxima (…) A rosa com cirrose» • Aqui é visível facilmente um recurso expressivo, a aliteração, que consiste na repetição das mesmas letras, silabas, sons ou palavras na mesma frase ou em frases diferentes, o que realça o sentido da expressão.
  8. 8. «Pensem nas meninas (…) Pensem nas mulheres (…) Pensem nas feridas» • Nos versos a cima destaca-se a repetição da palavra «Pensem» repetida no inicio dos três versos para intensificar sentido do verbo fazendo-nos refletir sobre o assunto. • Assim estamos perante uma anáfora.
  9. 9. «A rosa hereditária» • A metáfora é o recurso presente neste verso que é dos mais sonantes do poema, «hereditária» é uma expressão que possui um sentido figurado que representa os efeitos colaterais nas gerações futuras ou seja vai ser um problema que se vai arrastar por longos anos…

A Rosa de Hiroshima é um poema escrito pelo cantor e compositor Vinicius de Moraes. Recebeu esse nome como um protesto sobre as explosões de bombas atômicas ocorridas na cidade de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial.

Criada em 1946, a composição foi primeiro publicada no livro Antologia Poética. Mais tarde, em 1973, os versos foram musicados e ganharam corpo na voz do grupo Secos e Molhados.

Conheça abaixo o poema completo, o significado dos versos e os detalhes sobre a publicação.

Poema completo A Rosa de Hiroshima

Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroshima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A antirrosa atômica Sem cor sem perfume

Sem rosa sem nada.

O poema de Vinicius de Moraes foi criado a partir da tragédia da bomba atômica ocorrida no final da Segunda Guerra Mundial, no Japão.

O ano era 1945 e o golpe de misericórdia dado pelos Estados Unidos - o envio de bombas atômicas com proporções inimagináveis - afetou de modo dramático a região.

Para além dos civis assassinados na ocasião, mais de 120 mil pessoas sobreviveram ao estouro da bomba de Hiroshima, ficando com cicatrizes e sequelas permanentes.

A Rosa de Hiroshima tornou-se um grande protesto, primeiro em forma de poema e mais tarde em forma de música. Os versos abordam as consequências da guerra, o desastre que as bombas atômicas - apelidadas pelos norte-americanos de Fat Man e Little Boy - fizeram em Hiroshima e Nagasaki.

Vinicius de Moraes atuou durante muitos anos como diplomata a serviço do Governo Brasileiro e também por esse motivo esteve muito interessado nos conflitos internacionais.

Vejamos com atenção os quatro primeiros versos do poema:

Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas

Cegas inexatas

O início do poema mostra os efeitos da radioatividade nas vítimas civis que foram atingidas. As crianças, alheias ao conflito de duas grandes nações, tornaram-se nos versos de Vinicius de Moraes "mudas telepáticas". As "meninas cegas inexatas" parecem fazer menção às consequências da radioatividade nas gerações futuras.

Os versos a seguir tratam das migrações feitas após a queda da bomba. As cidades atingidas, ambientalmente e economicamente devastadas, precisaram ser evacuadas devido ao alto risco de contaminação:

Pensem nas mulheres
Rotas alteradas

É só no nono, no décimo e no décimo primeiro verso que a causa de todo o mal é revelada:

Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa

Da rosa de Hiroshima

A bomba é comparada com uma rosa porque, quando explodiu, resultou na semelhante imagem de uma rosa a desabrochar. Uma rosa costuma estar relacionada com a beleza, no entanto, a rosa de Hiroshima remete para as horríveis consequências deixadas pela guerra.

Logo a seguir vemos a imagem da rosa se contrapor com o rastro que é deixado pela bomba. "A rosa hereditária / A rosa radioativa" exibem o contraste entre a flor, o auge de um vegetal crescido em um ambiente saudável, e a destruição causada pelo homem.

O poema de Vinicius de Moraes fala das gerações afetadas pela guerra e pelo rastro de sofrimento e desespero deixado nas gerações posteriores. "A rosa com cirrose" faz referência à doença, ao fumo, uma antirrosa sem qualquer beleza, "sem cor sem perfume".

O verso que melhor exemplifica os efeitos nocivos da rosa de Hiroshima está em
O verso que melhor exemplifica os efeitos nocivos da rosa de Hiroshima está em
Imagem da bomba atômica, que serve como tema para a composição de Vinicius de Moraes.

Música A Rosa de Hiroshima

O poema de Vinicius de Moraes foi adaptado para música. A canção foi lançada em 1973 no disco de estreia do grupo Secos e Molhados. A sua composição melódica é da autoria de Gerson Conrad, integrante do referido conjunto, cuja formação inicial também incluía João Ricardo e Ney Matogrosso.

A parceria entre Gerson Conrad e Vinicius de Moraes foi imortalizada pela voz de Ney Matogrosso e lançada durante a Ditadura no Brasil.

A Rosa de Hiroshima acabou sendo uma das canções mais escutadas nas rádios brasileiras em 1973 e a revista Rolling Stone brasileira a classificou em 69º lugar entre as 100 Maiores Músicas Brasileiras.

O verso que melhor exemplifica os efeitos nocivos da rosa de Hiroshima está em

Sobre a publicação do poema

A Rosa de Hiroshima foi publicada na Antologia poética, lançada pela editora A Noite, no Rio de Janeiro, durante o ano de 1954. Nessa época, Vinicius de Moraes trabalhava como diplomata na França.

O livro foi organizado pelo próprio autor com o objetivo de reunir 21 anos de publicações. Amigos ilustres, como Manuel Bandeira, ajudaram a organizar a edição. Rubem Braga assinou a orelha da primeira edição.

O verso que melhor exemplifica os efeitos nocivos da rosa de Hiroshima está em
Frontispício da edição Antologia poética, lançada em 1954, que trazia o poema A Rosa de Hiroshima.

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