A polarização que os centros urbanos exercem uns sobre os outros determina a hierarquia urbana

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10. (UFG-GO) A polarização que os centros urbanos exercem uns sobre os outros determina a hierarquia urbana, em escala nacional. Nessa perspectiva, a concepção de metrópole regional abrange:

a) extensas regiões, com influências que ultrapassam o limite estadual.

b) cidades menores e vilas dentro de um limite determinado pelo centro regional.

c) distritos, povoados, comunidades rurais e áreas vizinhas, no limite municipal.

d ) todo o território nacional, direcionando a vida econômica e social.

e) centros regionais menores, com raio de ação inferior à esfera estadual.

Resposta correta: A.

11. (FGV-RJ)

Vivemos numa era verdadeiramente global, em que o global se manifesta horizontalmente e não por meio de sistemas de integração verticais, como o Fundo Monetário Internacional e o sistema financeiro. Muito da literatura sobre a globalização foi incapaz de ver que o global se constitui nesses densos ambientes locais.

Saskia Sassen, 13 de agosto de 2011. www.estadao.com.br/noticias/suplementos,a-globalizacao-do-protesto, 758135,0.htm

Assinale a alternativa que contém uma proposição coerente com os argumentos apresentados no texto:

a) As metrópoles não apenas sofrem os efeitos da globalização, mas são espaços que produzem a globalização.

b) As forças globais, tais como o FMI e os sistemas financeiros, não afetam os ambientes locais, desde que eles sejam densos.

c) Na escala global, os agentes operam horizontalmente, enquanto, na escala local, os agentes operam verticalmente.

d) A noção de escala global deixou de ter importância em geografia, já que o global só se revela por meio do local.

e) A globalização conferiu densidade a todos os ambientes locais, na medida em que suas forças atingem todos os lugares.

Resposta correta: A.

12. (UEL-PR) Sobre o conceito de cidades globais e megacidades, considere as afirmativas a seguir.

I. As cidades globais possuem grande influência regional, nacional e internacional e, de acordo com a influência que desempenham na esfera global, são classificadas em três grupos: alfa, beta e gama.

II. As megacidades mundiais, a exemplo de Rio de Janeiro, Buenos Aires e Jacarta, também são cidades globais por apresentarem uma grande concentração populacional.

III. O grupo alfa representa cidades de maior influência no cenário global, a exemplo de Londres, Paris, Frankfurt, Milão (europeias), além de Nova York, Tóquio, Los Angeles, Chicago, Hong Kong e Singapura.

IV. Tanto as cidades globais como as megacidades recebem seu nome por apresentarem grande concentração de riquezas distribuídas de maneira uniforme entre seus habitantes.

Assinale a alternativa CORRETA.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e III são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

Resposta correta: B.

13. (FGV-SP) As chamadas cidades globais, como São Paulo, não são apenas cidades grandes, mas exercem funções específicas no mundo globalizado. Assinale a alternativa que menos caracteriza uma cidade global.

a) Cidades globais têm conexão direta com o mundo financeiro, por intermédio, sobretudo, da Bolsa de Valores.

b) Cidades globais abrigam sedes administrativas de grandes empresas transnacionais.

c) Cidades globais caracterizam-se por dispor de infraestrutura sofisticada voltada ao setor de serviços e comunicação.

d) Cidades globais caracterizam-se por sediarem importantes portos de grande fluxo comercial.

e) Cidades globais costumam sediar grandes eventos políticos, comerciais, esportivos e culturais.

Resposta correta: D.




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Abertura

As páginas de abertura de unidade marcam o momento inicial do estudo do tema proposto. Apresentam um recurso deflagrador, em geral, uma imagem, que traz uma mensagem ou informação sobre algo relacionado à unidade temática.

Também traz questionamentos que podem conduzi-lo a uma reflexão sobre o assunto ou à busca de conhecimentos sobre ele.




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Sociedade, trabalho, técnica e espaço geográfico

LEGENDA: Ilustração de hominídeos que viveram há cerca de 1,8 milhão de anos, na porção sul do continente africano, disputando a caça com tigre-dentes-de-sabre; eles já utilizavam alguns instrumentos de madeira e pedra.

CRÉDITO: Mauricio Anton/SPL/Latinstock

Desde os primórdios de sua existência, os seres humanos passaram a se relacionar com a natureza como forma de satisfazer suas necessidades, ou seja, para obter alimento, construir abrigo, produzir roupas, garantindo, assim, as condições necessárias à sua sobrevivência.

No começo de sua história, no entanto, os seres humanos, organizados em pequenos grupos, viviam da caça, da coleta e da pesca, sendo obrigados a se deslocarem constantemente de um lugar para outro para obter alimentos. Vivendo de maneira nômade, abrigavam-se em pequenas cabanas erguidas com galhos de árvores, pedras, ossos e peles de animais. Com pedras, ossos de animais e pedaços de madeira também fabricavam instrumentos rudimentares, usados para caçar e cortar galhos, raízes e frutos.

Podemos dizer que eles viviam em um meio natural submetidos às condições impostas pela natureza, da qual se utilizavam sem provocar maiores transformações no espaço que habitavam. Desse modo, a configuração territorial do espaço terrestre existente até então se apresentava como o conjunto de paisagens naturais ainda pouco alteradas.

Mas, no decorrer de sua história, os seres humanos foram aprimorando e desenvolvendo novos instrumentos e ferramentas de trabalho, que melhoraram progressivamente suas técnicas, criando as condições necessárias para superar as limitações até então impostas pelo meio natural. Em sentido amplo, as técnicas podem ser definidas como o conjunto de conhecimentos e habilidades que se estendem a todos os domínios das atividades humanas. Em sentido mais restrito, elas se referem ao modo de se realizar determinada tarefa possuindo uma finalidade prática no desenvolvimento das atividades produtivas.

23

Assim, à medida que as técnicas foram aprimoradas, com o surgimento de máquinas e instrumentos mais avançados para a realização de tarefas produtivas, o trabalho humano também passou a intervir e a modificar a natureza, explorando com mais intensidade seus recursos, como o solo, os minerais, a flora e a fauna, as águas dos rios, lagos e oceanos etc.

Como consequência, a configuração das paisagens na superfície terrestre foi, ao longo da história, cada vez mais marcada pelas obras dos seres humanos: plantações, pastagens, cidades, fábricas, minas, estradas, portos, ferrovias etc.

A esse espaço humanizado, constituído por uma natureza socialmente modificada e produzida pelo trabalho do ser humano, damos o nome de espaço geográfico. Como não existem mais lugares na superfície do planeta que não tenham recebido direta ou mesmo indiretamente a interferência da ação humana, dizemos que o espaço geográfico abarca toda a superfície do globo.

A ação humana tende a transformar o meio natural em meio geográfico, isto é, em meio moldado pela intervenção do homem no decurso da história. [...] o papel do homem como agente de intervenção no espaço geográfico data apenas de há 6 500 ou 7 000 anos, com os primórdios da agricultura.[...] Contudo, a ação humana tem se manifestado de maneira cada vez mais intensa, graças aos efeitos conjugados do crescimento demográfico em todo o mundo e do progresso das técnicas. [...]

DOLFUSS, Olivier. O espaço geográfico. Tradução Heloysa de Lima Dantas. 3. ed. Rio de Janeiro: Difel, 1978. p. 29.

Boxe complementar:

As técnicas e a ampliação do horizonte geográfico

O aprimoramento de técnicas capazes de superar as adversidades e limitações impostas pelas condições do meio natural, combinado com os efeitos do crescimento demográfico (como estudaremos na unidade 4), permitiu que os seres humanos se dispersassem e se fixassem até mesmo nos meios mais inóspitos à sua sobrevivência. Hoje, os seres humanos podem ser encontrados tanto nas zonas extremamente geladas dos polos, como nas regiões secas e áridas dos grandes desertos e até mesmo no topo das mais altas montanhas do globo. Veja as imagens a seguir.

LEGENDA: Cidade de Reine, na Noruega, em 2015.

CRÉDITO: imageBROKER/Alamy/Latinstock

LEGENDA: Habitações no deserto na Namíbia, na África, em 2014.

CRÉDITO: meunierd/Shutterstock.com

Fim do complemento.

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Técnica, cultura e identidade cultural

Ainda que o desenvolvimento das técnicas, acompanhado do expressivo avanço do conhecimento científico ocorrido nos últimos dois séculos, tenha se tornado uma característica marcante em diversos setores da sociedade em que vivemos, nem todas as sociedades avançaram da mesma forma no que diz respeito ao conhecimento técnico.

Atualmente, existem no mundo diversas sociedades tradicionais que garantem sua subsistência por meio de técnicas rudimentares e pouco elaboradas. Podemos citar o caso de sociedades que vivem da caça, da pesca e da coleta, de sociedades agrícolas tradicionais, que se dedicam quase exclusivamente ao cultivo de subsistência, e de sociedades que sobrevivem do pastoreio nômade.

Em geral, essas sociedades estão organizadas e estruturadas a partir de uma divisão social do trabalho que lhes garante a própria subsistência. Entre alguns povos caçadores e coletores, por exemplo, cabe aos homens a tarefa de caça e coleta de alimentos, enquanto as mulheres e as crianças ficam encarregadas do preparo dos alimentos. Já nas sociedades agrícolas tradicionais temos, em geral, uma divisão social do trabalho organizada com base nas tarefas a serem realizadas.

LEGENDA: Representantes do povo Hadzabe, que vive da coleta e da caça em áreas de floresta na Tanzânia, África, em 2013.

CRÉDITO: blickwinkel/Alamy/Latinstock

Boxe complementar:

Groenlândia, o cofre de ouro dos inuits

[...]


Em Aappilattoq, aldeia numa ilha da costa sudoeste, um coro de vozes inuits roucas canta hinos nostálgicos em sua língua materna.

[...] a luz brilhante e transparente ilumina as caras das mulheres e das crianças reunidas para um baile. Um teclado começa a tocar. Uma guitarra desafinada acompanha. Um rapaz do povoado filma tudo com sua câmera. O novo se choca com o antigo. A cultura que durante séculos sustentou os nativos da ilha está perdendo o sentido.

A cada ano a Groenlândia perde 240 km3 de gelo. O nível médio do mar já subiu 0,5 cm. O modo de vida dos inuits está ameaçado. O povoado é modesto. Umas 30 casas humildes de madeira, uma escola primária, uma igreja muito simples e um cemitério desproporcionalmente grande ocupam uma superfície rochosa junto a uma pequena baía. Ali vive esse povo solitário, cheio de sonhos de imigração para criar uma vida igual à das telenovelas dos países distantes.

Os inuits possuem antenas parabólicas, rádio, telefone, internet e sabem muito bem que aquele que parte nunca retorna para contar como a existência é diferente lá fora, a não ser raramente. Os que ficam admitem sua incapacidade para enfrentar uma existência destituída da paisagem a que estão acostumados. [...]

Como o urso-polar, o homem inuit sofre por causa das mudanças bruscas do clima e da política ambiental mundial. Hoje, para os nativos da Groenlândia, a maneira mais fácil de se alimentar é enchendo o carrinho no supermercado do vilarejo. Tudo o que nele se vende é importado da capital, Nuuk, ou de outros países.

Glossário:

Inuits: povos que habitam a região norte do Canadá, o Alasca e a Groenlândia.

Fim do glossário.

25

[...]


Os groenlandeses inuits recebem uma ajuda econômica da Dinamarca, país de onde vieram os primeiros colonizadores europeus. [...]

Esse não é, no entanto, um acordo ditado pelo altruísmo, e sim pela conveniência mútua. As duas nações pequenas precisam uma da outra. Os inuits não apenas são poucos, mas também lhes faltam mão de obra e competência para o desempenho de funções na sociedade moderna. Os dinamarqueses necessitam da riqueza dos mares da Groenlândia, que contribui para o gordo produto interno bruto da Dinamarca. [...]

As vozes de Aappilattoq cantam os hinos da sua nação inuit. O eco delas ressoa entre as montanhas. Como um todo, o país enfrenta um conflito humano de grandes proporções. Abrir seu cofre de ouro e repartir seus recursos naturais para serem explorados e desfrutar de proventos substanciais para criar uma nação moderna? Ou confiar que uma nova política ambiental mundial os deixará em paz com seus costumes e tradições, permitindo que eles evoluam do seu jeito e modo? [...]

PALMERS, Anne. Groenlândia, o cofre de ouro dos inuits. Revista Planeta, São Paulo, ed. 461, fev. 2011. p. 68. Disponível em: //revistaplaneta.terra.com.br/secao/reportagens/groenlandia-o-cofre-de-ouro-dos-inuits. Acesso em: 28 out. 2015.

LEGENDA: Vilarejo de Aappilattoq, na Groenlândia, em 2014.

CRÉDITO: Magdalena Iordache/Alamy/Latinstock

Fim do complemento.

Uma época para o preparo da terra e o plantio das lavouras, outra para cuidado com as plantações e outra época destinada à colheita. Tais tarefas, geralmente, são realizadas de forma coletiva e com o uso de ferramentas rudimentares, como foices, enxadas, arados manuais de tração animal, entre outras.

Ainda que as sociedades tradicionais mantenham um modo de vida próprio e uma cultura singular, inúmeras dessas sociedades são culturalmente afetadas pela introdução de novos hábitos e costumes, gerados pelas inovações tecnológicas da sociedade moderna. Há casos em que essa interferência ocasiona intensa transformação cultural, resultando na perda da identidade cultural desses povos, com o abandono de hábitos e tradições seculares, até então transmitidos de geração a geração.

É o que já ocorreu, por exemplo, com muitos povos indígenas que vivem espalhados no território brasileiro, vítimas de um violento processo histórico de interferência cultural, que levou à assimilação de outras culturas e à perda sistemática e irreparável de seus costumes, tradições, hábitos e valores. O texto a seguir trata da situação dos povos inuits que vivem na Groenlândia.

LEGENDA: Grupo do povo pigmeu, que também vive da floresta e de pequenos cultivos, realizando dança típica de sua cultura em Uganda, na África, em 2012.

CRÉDITO: Palenque/Shutterstock.com

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9. (UFRR-RR) O planeta Terra em sua história passou por grandes mudanças, tanto geológicas como biológicas, sendo que um dos períodos mais marcantes foi a conhecida era dos grandes répteis que dominaram a Terra por milhões de anos.

Com base no texto acima indique a opção CORRETA:

a) A era dos grandes répteis é o Paleozoico.

b) A era dos grandes répteis é o Mesozoico.

c) A era dos grandes répteis é o Proterozoico.

d) A era dos grandes répteis é o Arqueozoico.

e) A era dos grandes répteis é o Cenozoico.

Resposta correta: B.

10. (ENEM-MEC) Se compararmos a idade do planeta Terra, avaliada em quatro e meio bilhões de anos (4,5-109 anos), com a de uma pessoa de 45 anos, então, quando começaram a florescer os primeiros vegetais, a Terra já teria 42 anos. Ela só conviveu com o homem moderno nas últimas quatro horas e, há cerca de uma hora, viu-o começar a plantar e a colher. Há menos de um minuto percebeu o ruído de máquinas e de indústrias e, como denuncia uma ONG de defesa do meio ambiente, foi nesses últimos sessenta segundos que se produziu todo o lixo do planeta!

O texto permite concluir que a agricultura começou a ser praticada há cerca de:

a) 365 anos.

b) 460 anos.

c) 900 anos.

d ) 10.000 anos.

e) 460.000 anos.

Resposta correta: D.

11. (UEPB-PB)

"Toda paisagem que reflete uma porção do espaço ostenta marcas de um passado mais ou menos remoto, apagado ou modificado de maneira desigual, mas sempre presente".

(Olivier Dolfus, 1991)

De acordo com o texto, podemos afirmar:

a) A paisagem é um conjunto de formas heterogêneas de idades diferentes.

b) A paisagem é estática, ao passo que o espaço é dinâmico.

c) As formas antigas da paisagem são sempre suprimidas, devido a seu envelhecimento técnico e social.

d) As paisagens refletem, sempre, as marcas das desigualdades sociais, por serem produzidas sob o modo de produção capitalista.

e) A paisagem é uma representação do espaço, mas não é espaço, portanto, exibe as formas, mas esconde a essência de sua produção.

Resposta correta: D.

12. (UEL-PR)

"Na história primitiva, havia poucas formas criadas pelo homem, sendo bastante reduzido o número daquelas estabelecidas com um sentido de permanência ou de maior impacto. O espaço assemelhar-se-ia à tela proverbial esperando pela tinta da história humana. Neste aspecto, as alternativas eram infinitas. Entretanto, cada objeto permanece na paisagem, cada campo cultivado, cada caminho aberto, poço de mina ou represa constitui uma objetificação concreta de uma sociedade e de seus termos de existência. As gerações vindouras não podem deixar de levar em conta essas formas. As cidades e as redes de transportes dos tempos modernos testemunham tal herança, que se interpõe no curso do futuro."

(SANTOS, Milton. Espaço e método. São Paulo: Nobel, 1992. p. 54.)

Com base no texto, considere as afirmativas a seguir.

I. Na paisagem produzida pelas sociedades, coexistem temporalidades distintas que se manifestam na diversidade de formas e de artefatos.

II. O aumento da densidade das paisagens faz com que as sociedades humanas percam a possibilidade de legar registros concretos de seus termos de existência.

III. Formas e objetos socialmente criados e dispostos no espaço têm papel ativo, pois facilitam ou inibem transformações sociais.

IV. Para as futuras gerações, a paisagem assemelhar-se-á a uma tela em branco esperando pela tinta da história humana.

Estão CORRETAS apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) I e III.

c) III e IV.

d) I, II e IV.

e) II, III e IV.

Resposta correta: B.




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Explorando o tema

A indústria globalizada

A desconcentração da atividade industrial vem ocorrendo não apenas em escala regional e nacional, mas também em escala mundial, facilitada pela revolução tecnológica das últimas décadas.

Essa interligação cada vez mais efetiva entre os diferentes lugares produtivos do espaço geográfico possibilitou o surgimento de uma "indústria globalizada", apoiada em um processo produtivo também mundializado. Isso significa que uma empresa pode desenvolver seus projetos em um país, realizar as diferentes etapas de fabricação em vários outros, conforme as vantagens oferecidas em cada um deles, e, por fim, vender sua produção em escala mundial. Veja o exemplo a seguir.

Observação:

Produtos, empresas e suas marcas citados nesta obra não figuram recomendação ou indicação comercial. Eles foram usados apenas como recurso didático.

Fim da observação.

FONTE: PEÇAS do iPhone 5 são fabricadas em diversas partes do mundo; saiba onde. UOL Notícias, São Paulo, 17 dez. 2012. Tecnologia. Disponível em: //tecnologia.uol.com.br/infograficos/2012/12/17/pecas-do-iphone-5-sao-produzidas-em-diversas-partes-domundo-saiba-onde.htm. Acesso em: 14 ago. 2015. CRÉDITO: E. Cavalcante




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10. (ENEM-MEC) A evolução do processo de transformação de matérias-primas em produtos acabados ocorreu em três estágios: artesanato, manufatura e maquinofatura.

Um desses estágios foi o artesanato, em que se:

a) trabalhava conforme o ritmo das máquinas e de maneira padronizada.

b) trabalhava geralmente sem o uso de máquinas e de modo diferente do modelo de produção em série.

c) empregavam fontes de energia abundantes para o funcionamento das máquinas.

d ) realizava parte da produção por cada operário, com uso de máquinas e trabalho assalariado.

e) faziam interferências do processo produtivo por técnicos e gerentes com vistas a determinar o ritmo de produção.

Resposta correta: B.

11. (UFF-RJ)

O economista grego Arghiri Emanuel forneceu um retrato realista do processo histórico de industrialização no Terceiro Mundo, tomando como exemplo o caso indiano. O autor constata que a Índia, quando era ainda colônia britânica, limitava-se à produção de algodão e comprava os tecidos da Grã-Bretanha; em etapa posterior, passou a produzir tecidos, mas comprava as máquinas de tecelagem na antiga metrópole; mais tarde, passou a produzir ela mesma essas máquinas, enquanto a Grã-Bretanha e outros países desenvolvidos forneciam equipamentos e financiavam a industrialização.

Fonte DOWBOR. Ladislau. A Formação do Terceiro Mundo, São Paulo. Brasiliense, 1981, p. 69. Adaptado.

O aspecto da industrialização periférica evidenciado na situação retratada é a:

a) dominação político-ideológica das elites.

b) exploração de recursos naturais.

c) desigualdade social dos trabalhadores.

d) cooperação técnica das empresas.

e) dependência da produção tecnológica.

Resposta correta: E.

12. (CEFET-MG) A indústria brasileira enfrenta vários problemas, que aumentam seus custos e dificultam uma maior participação no mercado externo, tais como:

I. os baixos investimentos públicos e privados em desenvolvimento tecnológico;

II. as barreiras tarifárias e não tarifárias impostas por outros países à importação de produtos brasileiros;

III. a maior dispersão espacial dos estabelecimentos industriais em regiões historicamente marginalizadas;

IV. as deficiências dos transportes acarretadas pela má conservação das rodovias e ferrovias. Pode-se concluir que são CORRETOS apenas os itens:

a) I, II e III.

b) I, II e IV.

c) I, III e IV.

d) II, III e IV.

e) N.D.A.

Resposta correta: B.

13. (FMP-RS) Com o processo de industrialização, as mais numerosas migrações inter-regionais aconteceram em direção às cidades do Centro-Sul, devido ao apelo representado pela dinâmica da economia desse complexo regional. A partir da década de 1970, unidades da federação de outras regiões começaram a receber migrantes de outras partes do país, ajudando a incrementar os índices de crescimento demográfico.

Essas regiões receptoras de migrantes são, notadamente,

a) Sudeste e Amazônia

b) Centro-Oeste e Nordeste

c) Nordeste e Sul

d) Sul e Centro-Oeste

e) Amazônia e Centro-Oeste

Resposta correta: E.



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Gás natural

O gás natural é um combustível fóssil, de origem orgânica, formado basicamente por hidrocarbonetos leves gasosos, principalmente metano. Encontrado em rochas sedimentares porosas, sua ocorrência no subsolo pode estar associada ou não aos depósitos de petróleo.

Constitui a terceira fonte de energia mais utilizada no planeta, responsável por cerca de 24% da matriz energética mundial. Além do baixo custo e da possibilidade de ser transportado em dutos, o uso do gás natural também constitui uma fonte de energia de menor teor poluente, visto que sua queima emite bem menos poluição para a atmosfera do que outros combustíveis fósseis, como petróleo e carvão mineral.

O gás natural é largamente utilizado no consumo doméstico, o chamado gás de cozinha, no preparo dos alimentos, em sistemas de aquecimento de água. Também tem ampla utilização nas indústrias, na geração de calor, nas usinas termelétricas para produção de energia elétrica e nos transportes, como combustível de veículos.

LEGENDA: Acima, podemos observar quais regiões do mundo detêm as maiores reservas de gás natural, como o consumo de gás natural (conforme valor do centro dos círculos) cresceu ao longo das últimas décadas e como sua demanda deverá aumentar no futuro (conforme traçado da linha vermelha).

FONTE DOS GRÁFICOS: BRITISH Petroleum (BP). BP GLOBAL. Disponível em: www.bp.com/content/dam/bp/pdf/Energyeconomics/statistical-review-2015/bp-statistical-review-of-world-energy-2015-full-report.pdf. Acesso em: 19 ago. 2015. CRÉDITO: E. Cavalcante

Boxe complementar:

Termelétricas

As usinas termelétricas geram energia elétrica a partir da queima de petróleo, carvão mineral ou gás natural, entre outros combustíveis. O calor gerado pela queima desses combustíveis aquece uma caldeira com água, produzindo jatos de vapor de água em alta pressão. A forte pressão do vapor faz a turbina da usina girar em alta velocidade, produzindo eletricidade a partir de um gerador.

Se as usinas termelétricas têm a vantagem de serem instaladas próximo aos centros consumidores, onde a demanda energética é maior, a queima dos combustíveis fósseis, sobretudo petróleo e carvão mineral, libera diversos gases tóxicos na atmosfera (dióxido de carbono, óxido nitroso e de enxofre), além de partículas sólidas (cinzas e fuligem), que aumentam a poluição do ar e os problemas decorrentes dessa poluição.

Fim do complemento.




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Infográfico

Energia eólica

A produção de energia que aproveita a força dos ventos por meio de enormes moinhos para gerar eletricidade é uma das mais promissoras da atualidade. Não apenas porque as correntes de ventos são inesgotáveis, mas por se tratar de energia limpa, não poluidora e sua produção ter poucas desvantagens.

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FONTE DA ILUSTRAÇÃO: AGÊNCIA Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Disponível em: www.aneel.gov.br/aplicacoes/atlas/pdf/06-energia_eolica(3).pdf. Acesso em: 29 mar. 2016. BRASIL. Disponível em: www.brasil.gov.br/infraestrutura/2016/01/infoelico1.gif/view. Acesso em: 29 mar. 2016. CRÉDITO: Sol90 Images



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unidade 4 - População mundial

LEGENDA: Trem superlotado seguindo para um encontro religioso em Bangladesh, em 2015.

CRÉDITO: Mamunur Rashid/Alamy Stock Photo/Latinstock

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Em 2015, o número de pessoas habitando o planeta Terra chegou a 7,3 bilhões. Esse número nos remete a questões fundamentais: Em que ritmo o crescimento da população tem ocorrido? Esse crescimento é uniforme em todas as regiões do globo? Que porções do planeta a população ocupa, como se alimenta, trabalha e se desloca? De que maneira toda essa população tem convivido, considerando a diversidade cultural que apresenta?

Nesta unidade, nossos estudos estão focados nessas questões, de modo a compreendê-las e nos dar fundamentos para refletir e elaborar diversas conclusões sobre elas.

- Podemos comparar a Terra a um trem superlotado, como o mostrado nesta imagem? Ou seja, a população mundial soma um número muito elevado em relação ao que o planeta pode suportar? O que você sabe sobre como essa população está distribuída pela Terra?



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- Teoria neomalthusiana

A partir da segunda metade do século XX, uma nova aceleração do crescimento populacional, ocorrida sobretudo nos países africanos e asiáticos mais pobres e que tinham acabado de ser descolonizados, reacendeu as discussões acerca do controle demográfico.

Essas discussões levaram ao surgimento da teoria demográfica neomalthusiana (neo = novo), amplamente aceita e defendida nos países mais ricos e desenvolvidos. Para os neomalthusianos, o problema da fome e da pobreza nos países subdesenvolvidos estava ligado ao crescimento demográfico elevado, e ele seria resolvido somente com uma política de controle da natalidade, ideia que se apoiava em dois argumentos:

- a natalidade em patamares elevados exigiria grandes investimentos em saúde e educação para jovens e crianças, diminuindo os recursos necessários ao desenvolvimento econômico;

- o crescimento da população aumentaria ainda mais o problema da pobreza e da miséria, sobretudo em regiões já carentes e mais densamente povoadas.

Com base nesses argumentos, os neomalthusianos defendiam políticas de controle de natalidade, sobretudo por meio de métodos contraceptivos. Influenciados por essas ideias, os governos de muitos países pobres promoveram, a partir da década de 1960, políticas demográficas antinatalistas, por meio do controle de natalidade e do planejamento familiar.

O resultado dessa política de controle demográfico mostrou-se ineficiente, pois a pobreza não diminuiu mesmo nos países em que o crescimento demográfico recuou. Portanto, os problemas socioeconômicos que afetam a população não serão resolvidos apenas com base na redução da natalidade.

LEGENDA: Acima, mural na cidade de Xangai, na China, em 2013, sobre planejamento familiar. O cartaz divulga a política demográfica do governo chinês, que durante mais de quatro décadas foi de apenas um filho por casal, a chamada política do filho único.

CRÉDITO: Antonio Pisacreta/Ropi/ZUMA Press

Atenção professor: Comente com os alunos que a China continua com o sistema de planejamento familiar, porém, recentemente, o governo autorizou os casais a terem dois filhos. Essa medida se deve ao envelhecimento da população e à necessidade futura de mão de obra para o país. Fim da observação.



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Contexto geográfico

Ponto de vista

População mais velha... e mais pobre?

O debate sobre o envelhecimento da população mundial costuma partir de uma premissa errada. Muitas vezes, trata-se o tema como um problema. O aumento da expectativa de vida é uma das maiores conquistas da humanidade. Hoje, a população mundial vive, em média, 69 anos, 18 a mais do que na década de 60 do século passado.

Na Alemanha, a expectativa de vida das mulheres subiu de 45 anos, em 1900, para 82, hoje. Além de viver mais, as pessoas estão vivendo mais tempo com boa saúde.

Tudo isso é positivo, mas impõe novos desafios: do planejamento financeiro na esfera pessoal - os trabalhadores precisam poupar mais - a reformas previdenciárias realizadas por governos para evitar o estouro das contas públicas. E é aí que cessam as boas notícias - e começam os problemas.

Nos países ricos, a necessidade de repensar a situação do que se convencionou chamar de terceira idade ficou ainda mais clara [...]. Nos Estados Unidos, o número de pessoas acima de 65 anos em situação de pobreza aumentou 15% nos últimos anos.

Metade dos americanos que se aposentam hoje é obrigada a baixar o padrão de vida, diz um estudo da Universidade de Boston. Nos anos 80, para efeito de comparação, o indicador estava na casa dos 30%.

[...]


Nem mesmo os idosos da Alemanha, o motor da economia europeia, estão imunes ao risco do empobrecimento. Dados recentes revelam que cerca de 400 000 aposentados do país não conseguem arcar com os custos de um asilo - número que aumenta 5% a cada ano. Diante da falta de opções, muitos idosos alemães têm se transferido para países do Leste Europeu, como Eslováquia e Bulgária.

[...]


MANECHINI, Guilherme. A humanidade está mais velha e mais pobre. Exame, São Paulo, ed. 1035, 20 fev. 2013. Disponível em: //exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1035/noticias/mais-velhos-e-mais-pobres. Acesso em: 15 out. 2015. Abril Comunicações S/A.

CRÉDITO: Blue Jean Images/Corbis/Latinstock

a) Em sua opinião, o envelhecimento da população tem gerado mais motivos de comemoração ou preocupação?

b) A situação dos idosos nos Estados Unidos e nos países da Europa é a mesma dos idosos brasileiros?



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INFOGRÁFICO

A CRISE DE REFUGIADOS NA EUROPA

Nos últimos anos houve um aumento expressivo do número de migrantes e refugiados que tentam desesperadamente chegar à Europa. A imensa maioria dessas pessoas, que arriscam suas vidas na perigosa travessia do Mediterrâneo, foge de guerras, perseguições políticas e religiosas. Veja a seguir.

CRÉDITO: Cássio Bittencourt

Boxe complementar:

Conflitos que alimentam a crise de refugiados na Europa

Síria: desde 2011 o país vive sob uma violenta guerra civil que tenta derrubar do poder o ditador Bashar al-Assad. Os confrontos enfraqueceram as forças do governo, abrindo caminho para que grupos radicais, como os extremistas do Estado Islâmico, tomassem parte do território sírio. Mais de 7 milhões de sírios já fugiram das áreas de conflito.

Afeganistão: sob o controle do regime fundamentalista do Talebã, entre 1996 e 2001, uma violenta perseguição religiosa obrigou milhares de afegãos a fugirem para outros países. Os talebãs deram apoio ao grupo terrorista da Al-Qaeda, que assumiu a autoria dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 em diferentes lugares dos Estados Unidos, fato que motivou a intervenção militar estadunidense no Afeganistão. Após a retirada das tropas estadunidenses, o talebã tenta insurgir novamente pelo controle do país.

111

Eritreia: governada por uma ditadura extremamente repressiva desde 1993, quando o país conseguiu sua independência, a violência tem levado milhares de eritreus a buscar asilo em países vizinhos (Etiópia e Sudão) e também na Europa, realizando a travessia do Mediterrâneo.

Somália: há mais de duas décadas o país sofre com violentos conflitos internos que já obrigaram mais de 1 milhão de somalis a procurar refúgio em países vizinhos e também na Europa, atravessando o mar Mediterrâneo.

Nigéria: a insurgência do grupo radical conhecido como Boko Haram desencadeou uma onda de violência étnica que já forçou mais de 1,3 milhão de nigerianos a fugir para outras partes do país ou buscar refúgio na Europa.

CRÉDITO: UNHCR. Agência da ONU para Refugiados. Disponível em: //data.unhcr.org/mediterranean/regional.php. Acesso em: 10 fev. 2016.

Fim do complemento.

CRÉDITO: Carlos Borin

CRÉDITO: Carlos Borin



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8. (PUC-RS) Sobre as teorias Malthusiana e a Neomalthusiana, é correto afirmar que:

a) a teoria Malthusiana afirmava que a população crescia em progressão geométrica e a Neomalthusiana postulava que o crescimen to populacional estacionaria no final do século XIX.

b) a teoria Malthusiana defendia o emprego da tecnologia como solução para amenizar a fome no mundo, enquanto a Neomalthu siana não considerava o papel da tecnolo gia na produção de alimentos.

c) ambas propunham o controle da natalidade através do emprego de preservativos e de pílulas anticoncepcionais.

d) embora as duas teorias fossem antinatalis tas, os neomalthusianos defendiam o con trole da natalidade preponderantemente nos países subdesenvolvidos, e os malthu sianos propunham um mecanismo chama do sujeição moral.

e) também chamados alarmistas, os malthu sianos afirmavam que a solução para con ter a miséria do mundo seria a abstinência sexual e o desenvolvimento de tecnologias para o melhoramento genético.

Resposta correta: D.

9. (UFSM-RS) Leia o texto: Fome de ar, água e comida.

Os donos do mundo e seus sábios reunidos em Copenhague ainda não se entenderam sobre como salvar o planeta. A COP15 já funcionou, porém como uma martelada na cabeça dos líderes, alertando-os para a superpopulação da Terra e a dramática escassez de recursos naturais.

Revista Veja, n. 50, 16 de dezembro de 2009, p.132.

A ideia contida no texto é de um cenário desa fiador para a espécie humana: a superpopu lação da Terra. Relacionandoa com as teorias demográficas, é correto afirmar:

I . Desde que Malthus apresentou sua teoria demo gráfica, são comuns os discursos que relacionam, de forma simplista, a ocorrência da fome no planeta com o crescimento populacional.

II. A teoria neomalthusiana, defendida por setores da população e por governos de países de senvolvidos, busca explicar a ocorrência do atraso nos países subdesenvolvidos, tomando como base uma argumentação demográfica.

III. Diferentemente da ideia do texto, a teoria refor mista enfatiza que as elevadas taxas de nata lidade não são causa, mas consequência do subdesenvolvimento.

Está(ão) CORRETA(S):

a) apenas I.

b) apenas II.

c) apenas I e II.

d) apenas III.

e) I, II e III.

Resposta correta: E.

10. (UFRN-RN) Para a explicação do crescimento da população e de sua relação com o desen volvimento, algumas teorias foram formuladas: malthusiana, reformista e neomalthusiana. Os adeptos da teoria reformista:

a) consideram que o rápido crescimento de mográfico exerce pressão sobre os recur sos naturais, sendo um sério risco para o futuro da humanidade.

b) defendem a necessidade de reformas so cioeconômicas que permitam a elevação do padrão de vida da população.

c) defendem que o alto crescimento demográ fico é causa da pobreza generalizada, sendo imprescindíveis reformas políticas rígidas de controle da natalidade.

d) consideram o descompasso entre a popu lação e os recursos necessários para a sua sobrevivência como causa para a existência da miséria do mundo.

Resposta correta: B.

11. (FGV-RJ)

Transições demográficas em curso nos diferentes países do Sul, inverno demográfico em certos países do Norte, envelhecimento da população, urbanização sem precedentes: eis o que desenha uma paisagem demográfica inédita. Soma-se a questão das circulações migratórias: 214 milhões de pessoas residem de modo permanente em um país diferente daquele em que nasceram - um número que não inclui nem refugiados nem deslocados.

GérardFrançois Dumont, 1º de julho de 2011. //diplomatique.uol.com.br/artigo.php?id=961

Sobre o significado dos conceitos utilizados no texto acima para descrever a atual paisagem demográfica, leia as seguintes afirmações:

I. Transição Demográfica referese ao período de transição entre uma situação de elevadas ta xas de mortalidade e de natalidade para um regime de baixa mortalidade e natalidade, em dado país ou região.

II. Inverno Demográfico refere-se a uma situação na qual a natalidade continua a diminuir no final da transição demográfica, em dado país ou região.

III. Urbanização refere-se ao crescimento absoluto da população que reside em assentamentos definidos como urbanos, em dado país ou região.

IV. Deslocado refere-se ao migrante que atravessa uma fronteira política internacional em busca de inserção no mercado de trabalho em um país estrangeiro. Está correto apenas o que se afirma em:

a) I, II e III.

b) I e II.

c) I, II e IV.

d) I e III.

e) I, II, III e IV.

Resposta correta: B.



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Ampliando seus conhecimentos

Geografia, ciência e cultura

Frida Kahlo e o sentimento migrante

Atenção professor: Com cores amplas e simples, as pinturas da artista mexicana Frida Kahlo pertencem ao estilo denominado surrealismo, movimento artístico e literário nascido em Paris, na década de 1920. As principais características desse estilo são a combinação do representativo, do abstrato, do irreal e do inconsciente. A análise desse estilo artístico, a partir da tela Autorretrato na fronteira entre México e Estados Unidos, proporciona um diálogo com os conteúdos abordados na disciplina de Arte. Sua vida e história foi retratada no cinema com a produção do longa-metragem Frida, drama biográfico lançado em 2002. Fim da observação.

Todos os anos milhares de pessoas abandonam seu lugar de origem e migram para outros lugares. Embora essas pessoas necessitem migrar pelos mais variados motivos, o sentimento de afeição pelo lugar de origem geralmente acompanha o migrante. Esse sentimento muitas vezes é expresso artisticamente em pinturas em telas, letras de músicas ou em filmes.

Na tela retratada abaixo, a pintora mexicana Frida Kahlo (1907-1954) expressou parte de seus sentimentos por seu país de origem, o México, no período em que viveu nos Estados Unidos.

LEGENDA: Acima, imagem da tela Autorretrato na fronteira entre México e Estados Unidos, produzida por Frida Kahlo em 1932.

CRÉDITO: Frida Kahlo. 1932. Óleo sobre metal. 31 x 35 cm. Coleção particular. © Banco de Mexico Diego Rivera & Frida Kahlo Museums Trust, Mexico, D.F./ AUTVIS, Brasil, 2016. Foto: The Artchives/Alamy/Glow Images

Frida Kahlo foi uma mexicana nacionalista, uma militante comunista, a mulher de Diego Rivera (1886-1957) [...] uma mulher cheia de vida. Mas, acima de tudo, Frida Kahlo foi uma pintora. [...]

As pinturas de Frida tinham um significado pessoal profundo e muitas vezes incluíam símbolos e imagens mentais. Elas nos convidam a conhecer seu mundo [...]. Muitos de seus quadros são uma tentativa de dar sentido a seus sentimentos. [...]

Frida reuniu muitas de suas impressões sobre os Estados Unidos em Autorretrato na fronteira entre México e Estados Unidos. No lado mexicano do quadro (o esquerdo) o sol e a lua alimentam a terra. No lado americano (o direito) a fumaça de fábricas e os arranha-céus não deixam espaço no céu para o sol e a lua, e o solo está semeado de máquinas. [...]

Diego Rivera considerava os arranha-céus dos Estados Unidos tão belos como as ruínas das civilizações antigas do México, mas Frida não concordava. Ela pintou os edifícios como colunas lisas e estreitas que se erguem num céu poluído, enquanto as ruínas do antigo México estão assentadas sobre solo fértil, do qual crescem belas flores e plantas vitais.

LAIDLAW, Jill A. Frida Kahlo. Tradução Maria da Anunciação Rodrigues. São Paulo: Ática, 2004. p. 6, 20 e 21.



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- População e território no Brasil

Com cerca de 203 milhões de habitantes (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, IBGE 2014), o Brasil é o quinto país mais populoso do mundo, atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Indonésia. No entanto, devido à sua grande extensão territorial, o país apresenta apenas 24 habitantes por quilômetro quadrado (hab./km2), uma densidade demográfica bem pequena se comparada à de países muito povoados, como Bangladesh (1.114 hab./km2), Coreia do Sul (497 hab./km2), Índia (390 hab./km2) e Japão (335 hab./km2). Isso significa que o Brasil é um país populoso, porém, pouco povoado.

Ao analisar a distribuição da população brasileira, observa-se a existência de grandes contrastes no povoamento do país. Enquanto as densidades demográficas chegam a mais de 100 hab./km2 na faixa leste do território, muitas áreas interioranas do país são verdadeiros vazios populacionais, com densidade demográfica de cerca de 2 hab./km2. Observe essas diferenças na tabela abaixo e no mapa apresentado a seguir.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Brasil: densidade demográfica (hab/km²)

Brasil 23,8
Norte 4,48
Nordeste 36,2
Centro-Oeste 9,5
Sudeste 92,2
Sul 50,4

FONTES: INSTITUTO Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em: www.ibge.gov.br/home/geociencias/areaterritorial/principal.shtm. Acesso em: 12 ago. 2015. INSTITUTO Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em: ftp://ftp.ibge.gov.br/Trabalho_e_Rendimento/Pesquisa_Nacional_por_ Amostra_de_Domicilios_anual/2014/q_pnad2014. pdf. Acesso em: 11 fev. 2015.

LEGENDA: Inicialmente, para assegurar o domínio das terras recém-descobertas, os colonizadores se fixaram ao longo da costa leste do território, onde estabeleceram os primeiros núcleos de povoamento e desenvolveram atividades econômicas (exploração do pau-brasil, introdução daslavouras de cana-de-açúcar e do engenho). Com isso, surgiram as primeiras vilas e povoados que cresceram e se transformaram, séculos mais tarde, em importantes centros urbanos. Por essa razão, as cidades mais populosas se concentram nessa parte do território. Já a parte central e mais interiorana do território, sobretudo a vasta região Amazônica, é bem menos povoada. Somente no século XX, o interior do Brasil passou a ser de fato povoado por numerosas levas de migrantes, atraídas pelos projetos de colonização implantados pelo governo federal (abertura de rodovias, construção da nova capital federal - Brasília -, assentamentos de colonização agrária, projetos de exploração mineral e a construção de grandes usinas hidrelétricas).

FONTE: ATLAS geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 114. 1 atlas. Escalas variam. CRÉDITO: Paula Radi




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12. (UFRRJ-RJ) O envelhecimento da população está mudando radicalmente as características da população da Europa, onde o número de pessoas com mais de 60 anos deverá chegar nas próximas décadas a 30% da população total. Graças aos avanços da medicina e da ciência, a população está cada vez mais velha. Isso ocorre em função do:

a) Declínio da taxa de natalidade e aumento da longevidade.

b) Aumento da natalidade e diminuição da longevidade.

c) Crescimento vegetativo e aumento da taxa de natalidade.

d ) Aumento da longevidade e do crescimento vegetativo.

e) Declínio da taxa de mortalidade e diminuição da longevidade.

Resposta correta: A.

13. (ENEM-MEC)

As migrações transnacionais, intensificadas e generalizadas nas últimas décadas do século XX, expressam aspectos particularmente importantes da problemática racial, visto como dilema também mundial. Deslocam-se indivíduos, famílias e coletividades para lugares próximos e distantes, envolvendo mudanças mais ou menos drásticas nas condições de vida e trabalho, em padrões e valores socioculturais. Deslocam-se para sociedades semelhantes ou radicalmente distintas, algumas vezes compreendendo culturas ou mesmo civilizações totalmente diversas.

IANNI, O. A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.

A mobilidade populacional da segunda metade do século XX teve um papel importante na formação social e econômica de diversos estados nacionais. Uma razão para os movimentos migratórios nas últimas décadas e uma política migratória atual dos países desenvolvidos são:

a) a busca de oportunidades de trabalho e o aumento de barreiras contra a imigração.

b) a necessidade de qualificação profissional e a abertura das fronteiras para os imigrantes.

c) o desenvolvimento de projetos de pesquisa e o acautelamento dos bens dos imigrantes.

d) a expansão da fronteira agrícola e a expulsão dos imigrantes qualificados.

e) a fuga decorrente de conflitos políticos e o fortalecimento de políticas sociais.

Resposta correta: A.

14. (AMAN-RJ)

"As migrações internacionais são um fenômeno diretamente associado à 'era industrial'."

(Magnoli, p.464, 2005)

Considerando a frase acima, leia as afirmativas a seguir:

I. Durante o século XIX, a Europa foi a mais importante zona de repulsão demográfica do globo.

II. Atualmente, a União Europeia, em sua totalidade, configura a maior zona de atração de fluxos migratórios do mundo.

III. Grande parte das migrações internacionais da atualidade tem causas econômicas.

IV. No atual período de globalização, assim como o capital, os fluxos migratórios fluem sem empecilhos através das fronteiras nacionais.

V. A África do Sul, importante economia industrial da África, é um país que recebe significativos fluxos migratórios de fundo econômico do continente.

Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas CORRETAS.

a) II e IV.

b) IV e V.

c) I, II e III.

d) I, III e V.

e) II, III e V.

Resposta correta: D.



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A Geografia no cinema

Bem-vindo

CRÉDITO: Filme de Philippe Lioret. Bem-vindo. França. 2009

Título: Bem-vindo

Diretor: Philippe Lioret

Principais atores: Vincent Lindon, Firat Ayverdi e Audrey Dana

Ano: 2009

Duração: 110 minutos

Origem: França

Este filme apresenta as políticas de imigração europeia, representadas por um imigrante curdo que deixa o Iraque com destino ao Reino Unido. Impedido de entrar no país, o jovem decide atravessar o Canal da Mancha a nado.

As adversidades enfrentadas pelos imigrantes são retratadas ao longo das cenas do filme.

Para assistir

- LÁGRIMAS no deserto. Direção: Paul Freedman. Imagem Filmes, 2007.

O filme apresenta as terríveis condições de vida de milhões de pessoas nos campos de refugiados em Darfur, no Sudão. Ao longo do filme pode-se constatar o combate ineficaz da comunidade internacional frente a vários crimes contra a humanidade.

- TERRA estrangeira. Direção: Walter Salles Júnior e Daniela Thomas. Vídeo Filmes, 1995.

Neste filme são abordadas situações problemáticas vividas por imigrantes brasileiros que vão morar em Portugal à procura de melhores condições de vida.

Para ler

- DAMIANI, Amélia Luisa. População e Geografia. São Paulo: Contexto, 2001.

- MARTINS, Dora; VANALLI, Sônia. Migrantes. São Paulo: Contexto, 2001.

- MILESI, Rosita; SHIMANO, Maria Luiza (Coord.). Migrantes cidadãos . São Paulo: Loyola, 2001.

- RENK, Arlene. Migrações : de ontem e de hoje. Chapecó: Grifos, 1999.

- TORRES, Haroldo; COSTA, Heloisa (Org.). População e meio ambiente. São Paulo: Senac, 2000.

Para navegar

- APOLO 11 . Relógio populacional em tempo real. Disponível em: //tub.im/f8bvpy. Acesso em: 22 set. 2015.

- CENTRO Scalabriniano de Estudos Migratórios (CSEM). Disponível em: //tub.im/b2syxc. Acesso em: 22 set. 2015.

- LABORATÓRIO de Demografia e Estudos Populacionais (UFJF). Disponível em: //tub.im/4zdb6e. Acesso em: 22 set. 2015.

- UNITED Nations High Commissioner for Refugees (UNHCR). Disponível em: //tub.im/s2twut/. Acesso em: 22 set. 2015.

- UNITED Nations Population Fund (UNFPA). Disponível em: //tub.im/vgp95v. Acesso em: 22 set. 2015.



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O crescimento da população brasileira

Em 1872, quando foi realizada a primeira contagem demográfica no nosso país, a população brasileira chegava a cerca de 9,9 milhões de habitantes. Desde então, ela passou a aumentar de maneira acelerada, como podemos observar no gráfico abaixo.

FONTE: INSTITUTO Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 12 dez. 2015. CRÉDITO: Luciane Mori

Para se ter ideia do intenso incremento populacional ocorrido desde então, em pouco mais de um século, a população brasileira cresceu mais de 20 vezes. Poucos países do mundo tiveram um crescimento demográfico tão vertiginoso.

O crescimento populacional de um país pode ser influenciado por dois processos distintos: pelo crescimento natural, ou vegetativo, calculado pela diferença entre a taxa de natalidade (proporção de nascimentos em relação ao total da população) e a taxa de mortalidade (proporção de óbitos em relação ao total da população) ou pelo saldo migratório, que compreende a diferença entre o número de pessoas que entram no país (imigração) e o número de pessoas que dele saem (emigração).

Embora a imigração tenha certa influência no incremento demográfico do país (veja quadro abaixo), o intenso crescimento da população brasileira ocorrido ao longo século XX se relacionava diretamente ao aumento do crescimento natural da nossa população. O crescimento natural foi proporcionado, portanto, pela oscilação das taxas de natalidade e de mortalidade, como mostra o gráfico na página seguinte.

Boxe complementar:

Imigrantes no Brasil

Entre o final do século XIX e o início do século XX, cerca de 4,1 milhões de imigrantes chegaram ao Brasil, sobretudo vindos de Portugal, Itália, Espanha, Alemanha e Japão.

Esses imigrantes foram atraídos para o Sudeste pela oferta de trabalho na lavoura cafeeira, para substituir o trabalho escravo, proibido desde a promulgação da Lei Áurea, em 1888. No Sul, eles foram assentados em pequenas propriedades rurais (colônias), a fim de promover a ocupação e assegurar a posse desse território, até então pouco povoado.

Na década de 1930, porém, o governo brasileiro restringiu a entrada de novos imigrantes, interrompendo esse intenso fluxo imigratório. Abaixo, grupo de imigrantes italianos no Espírito Santo, em 1910.

CRÉDITO: 1910. Arquivo do Estado de São Paulo, SP. Foto: Neoimagem

Fim do complemento.

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FONTE: INSTITUTO Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em: //seriesestatisticas.ibge.gov.br/. Acesso em: 12 dez. 2015. CRÉDITO: E. Cavalcante



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unidade 5 - População brasileira

LEGENDA: Escultura confeccionada com argila no estilo de Mestre Vitalino (Pernambuco, 1909-1963), importante artesão nordestino.

CRÉDITO: Marco Antônio Sá/Pulsar

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Diferentes povos já habitavam as terras que se tornariam território do Brasil quando nelas chegaram europeus, depois numerosos grupos de negros africanos e, posteriormente, outras levas de imigrantes vindos das mais diferentes porções do globo.

Se comparada a outras populações do mundo, a brasileira pode ser considerada recente, pois essa formação passou a ocorrer há pouco mais de 500 anos. Há registros de populações que datam de milênios. Nem por isso a população da qual fazemos parte é menos rica e diversa: ela possui peculiaridades e complexidades.

A - A imagem acima representa a riqueza e complexidade da população brasileira. Como ela retrata a população quanto às faixas etárias e gêneros? Como ela expressa a carga cultural da população brasileira?

B - Que grupos humanos participaram da formação do povo brasileiro? Que elementos dão identidade ao nosso povo?




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Questões do Enem e Vestibular

Anote as respostas no caderno.

1. (UFPE-PE) Um estudo sobre a dinâmica e a distribuição da população de uma determinada área é realizado a partir do conhecimento e da compreensão dos seus indicadores demográficos. Em relação a alguns desses indicadores, analise as proposições abaixo e assinale as verdadeiras (V) e falsas (F).

- A densidade demográfica é obtida a partir da divisão da superfície territorial de um lugar pela sua população absoluta.

- O crescimento vegetativo é calculado com base nas taxas de natalidade, mortalidade e migração.

- O superpovoamento de uma área não é identificado apenas pela densidade demográfica mas também pelas condições socioeconômicas existentes.

- A taxa de mortalidade infantil identifica o número de óbitos de crianças menores de um ano.

- A taxa de fecundidade é um indicador populacional que influencia diretamente o comportamento de um outro indicador, o da natalidade.

Resposta: F-F-V-V-V.

2. (UFPB-PB) A distribuição da população mundial é extremamente heterogênea, apresentando áreas densamente povoadas e outras com grandes vazios demográficos. O mesmo ocorre com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que apresenta algumas áreas com altos índices e outras com níveis mais baixos. Considerando o exposto e a literatura sobre o assunto abordado, identifique as afirmativas CORRETAS.

- O Canadá é um país pouco populoso, cuja população encontra-se homogeneamente distribuída pelo seu território, fazendo com que esse país apresente um alto IDH.

- Os Estados Unidos são um país populoso e apresentam elevada renda per capita, além de possuírem o maior PIB do mundo e um alto IDH.

- A Índia é o segundo país mais populoso do mundo, porém apresenta renda per capita baixa e mal distribuída, tendo como consequência um baixo IDH.

- A China é o país mais populoso do mundo e sua economia vem crescendo fortemente nos últimos anos, o que determina seu alto IDH.

- O Brasil é um dos países mais populosos do mundo e com significativo crescimento econômico nos últimos anos, apesar de ainda apresentar má distribuição de renda e um médio IDH.

Resposta: F-V-V-F-V.

3. (UFPI-PI) A distribuição desigual da população na superfície terrestre leva à existência de regiões densamente povoadas e de regiões subpovoadas. São exemplos de áreas densamente povoadas:

a) Europa Setentrional e Meridional.

b) Ásia de Sudeste e Europa Centro-Ocidental e Meridional.

c) Ásia de Sudoeste e África Meridional.

d) Oriente Médio e Oceania.

e) Kalaari e África Setentrional.

Resposta correta: B.

4. (FATEC-SP)

Antes do século 20, nenhum ser humano tinha vivido o suficiente para testemunhar uma duplicação da população mundial, mas hoje há pessoas que a viram triplicar. Em algum momento no fim de 2011, segundo a Divisão de População das Nações Unidas, seremos 7 bilhões de pessoas.

//viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/edicao-130/populacao-mundial-7-bilhoes-613876.shtml. Acesso em: 07.09.2011

Assinale a alternativa que completa o texto anterior.

a) O crescimento da população deverá se refletir no processo de urbanização que poderá atingir 3/4 da população mundial em 2015.

b) As maiores contribuições para o crescimento demográfico vêm dos países que estão na fase inicial da transição demográfica.

c) Os principais responsáveis pelo crescimento populacional são os países que conseguiram reduzir as taxas de analfabetismo.

d) O crescimento demográfico anunciado permitirá uma distribuição mais homogênea da população pelo espaço terrestre.

e) O aumento da população esperado desmis tifica a crença de que os países desenvolvi dos apresentam baixas taxas de fertilidade.

Resposta correta: B.



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12. Analise o texto e responda às questões.

Refugiados ambientais continuam sem reconhecimento da ONU

No maior campo de refugiados no mundo, Dadaab, localizado no Quênia, vivem aproximadamente 440 mil pessoas e cerca de 1.500 novos refugiados chegam diariamente. Essa população parte em busca de comida e foge da pior seca dos últimos 60 anos.

Apesar do Direito Internacional Humanitário (DIH) atender às necessidades dessas vítimas, a Organização das Nações Unidas (ONU) resiste em ampliar o conceito de refúgio e englobar os refugiados ambientais, já que não reconhece "os fatores ambientais como motivação por si só para a concessão desse status". A organização ressalta que "não há direitos formalmente garantidos para essa nova categoria, que ainda não é reconhecida pelo Direito Internacional".

[...]

De acordo com Marijane Vieira Lisboa, professora de Sociologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), não significa que a ONU não reconheça a existência de uma categoria com status de refugiado em função de questões ambientais. O problema consiste em o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) não ter em seu mandato autorização para prestar ajuda a esse tipo de vítima. "Isso significa que não há recursos específicos para a ONU e, como esse é um grupo que tende a aumentar devido às mudanças climáticas e outros impactos ambientais, nós estamos, do ponto de vista de uma estrutura internacional, despreparados para lidar com essa categoria que cresce." [...]

Segundo estudo da Universidade das Nações Unidas (UNU), o mundo tem 50 milhões de pessoas obrigadas a deixar seus lares, temporária ou definitivamente, por problemas relacionados ao meio ambiente. Uma conta que inclui não somente as vítimas de grandes desastres, mas também comunidades inteiras que estão sendo silenciosamente impelidas a migrar devido a problemas como a degradação de solos e águas.

Estimativas do CICV [Comitê Internacional da Cruz Vermelha], por sua vez, mostram que hoje já há mais pessoas deslocadas por desastres ambientais do que por guerras.

[...]

CAVALCANTI, Aline. Refugiados ambientais continuam sem reconhecimento da ONU. Caros Amigos, São Paulo, 4 nov. 2011. Disponível em: www.carosamigos.com.br/index.php/artigos-e-debates/3555-refugiados-ambientais-continuam-sem-reconhecimento-da-onu. Acesso em: 15 out. 2015.

LEGENDA: Acima, campo de refugiados de Dadaab, Quênia, em 2014.

CRÉDITO: Benoit De Freine/Photo News S.A./Corbis/Latinstock

a) A qual categoria de migrantes o texto se refere? Explique.

b) Quais justificativas são apontadas no texto para o não reconhecimento da ONU em relação a esse movimento migratório?

c) Pesquise, em jornais, revistas ou na internet, exemplos de movimentos migratórios relacionados a problemas ambientais.




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A população brasileira e suas origens

A formação da população brasileira tem sua raiz no encontro de três principais grupos humanos conforme descrito por Darcy Ribeiro (1922- 1997), um dos maiores antropólogos brasileiros, que assim escreveu sobre a miscigenação do nosso povo:

Nas primeiras décadas após a invasão europeia, a situação étnica brasileira era muito clara. Existiam, de um lado, as populações americanas originais, chamadas indígenas por um equívoco. Por outro lado, os brancos, vindos da Europa em ondas sucessivas, nunca muito numerosas mas com extraordinária capacidade de se inserir no mundo indígena, convertendo em condição de sua própria prosperidade, pela destruição, os africanos que chegaram mais tarde, reconhecíveis de imediato por sua figura racial.

[...]


RIBEIRO, Darcy. O Brasil como problema. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995. p. 97.

LEGENDA: Indígena purus.

CRÉDITO: Johann Moritz Rugendas. 1826. Litografia sobre papel. 37,5 x 30 cm. Coleção particular

LEGENDA: Africana benguela.

CRÉDITO: Johann Moritz Rugendas. 1826. Litografia sobre papel. 37,5 x 30 cm. Coleção particular

LEGENDA: Europeia portuguesa.

CRÉDITO: Johann Moritz Rugendas. 1847. Lápis e aquarela sobre papel. 57,5 x 41,5 cm. Coleção particular

Em 1500, quando os primeiros portugueses chegaram nestas terras, que séculos mais tarde formariam o nosso país, povos nativos (indígenas) de diferentes etnias já ocupavam o território. Os povos jês e os tupi-guaranis eram os mais numerosos. Como não existem dados muito precisos, as estimativas dos estudiosos são controversas, sugerindo que a população indígena naquele momento histórico poderia variar de 1 a 10 milhões de indivíduos.

A partir de então, o processo de ocupação e exploração econômica das terras pelos portugueses levou ao genocídio (destruição física) ou etnocídio (destruição cultural) desses povos, vítimas da força e das armas impostas pelos conquistadores e também das doenças trazidas por eles. Atualmente, a população indígena do Brasil soma aproximadamente 817 mil pessoas (cerca de 0,4% da população total do país), que vivem em aldeias ou integradas em comunidades não indígenas, em áreas rurais ou urbanas, mais concentradas nas regiões Norte e Centro-Oeste do país.

Outro grupo que participou originalmente da formação da população brasileira foi o dos negros. Originários de diferentes regiões do continente africano, povos de diversos grupos culturais, entre eles sudaneses, benguelas e bantos, foram trazidos para trabalhar como mão de obra escrava. Calcula-se que cerca de 4 milhões de africanos chegaram ao nosso país no período de 1531 e 1855.

O encontro do indígena, do negro e do branco europeu, não só do colonizador português, mas também dos imigrantes que aqui chegaram nos séculos seguintes, como italianos, espanhóis e alemães, além de árabes (turcos e sírio-libaneses) e asiáticos (japoneses), promoveu uma intensa miscigenação da nossa população ao longo de toda a história do Brasil.

Glossário:

Miscigenação: resultante do encontro de diferentes etnias.

Fim do glossário.

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Foi o resultado dessa miscigenação, portanto, que deu origem ao povo brasileiro, em sua enorme e expressiva diversidade cultural. Na tabela abaixo, podemos observar a composição da população brasileira conforme informações levantadas pelo IBGE no ano de 2014.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Brasil: população segundo declaração de cor ou raça (%) - 2014


Branca 46
Parda 45
Preta 8
Outros (amarela e indígena) 1

LEGENDA: Esses números devem ser vistos com cautela, pois, como são registros da declaração de cada pessoa entrevistada durante pesquisas, é inevitável que ocorram algumas distorções. Por exemplo, há casos de pessoas pardas que se declaram negras ou brancas, e a informação dada pelo entrevistado é registrada pelo recenseador.

FONTE: INSTITUTO Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em: ftp://ftp.ibge.gov.br/Trabalho_e_Rendimento/Pesquisa_Nacional_por_Amostra_de_Domicilios_anual/2014/q_pnad2014.pdf. Acesso em: 11 fev. 2016.

A composição étnica da população brasileira que observamos nessa tabela também apresenta certas especificidades em relação à distribuição entre as regiões do país. Influências histórico-geográficas ligadas ao processo de ocupação e povoamento do território brasileiro explicam esse fato.

No Sul do país, por exemplo, a participação dos brancos no total da população é maior dado o grande número de imigrantes que se fixaram nessa região para promover a colonização mais efetiva dessa porção do território. A população negra, por sua vez, é mais representativa nos estados do Nordeste, região onde a mão de obra escrava foi utilizada em grande escala para sustentar a economia açucareira do período colonial. Já a população parda (nomenclatura empregada pelo IBGE para definir os mestiços), embora proporcionalmente mais numerosa no Norte, devido à miscigenação com indígenas, e no Nordeste, pela miscigenação com os negros, também vem aumentando nas demais regiões do país.

Veja, a seguir, a distribuição da população brasileira por cor da pele conforme as regiões do país.

FONTE: INSTITUTO Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em: ftp://ftp.ibge.gov. br/Trabalho_e_Rendimento/Pesquisa_Nacional_por_Amostra_de_Domicilios_anual/2014/q_pnad2014.pdf. Acesso em: 11 fev. 2016. CRÉDITO: E. Cavalcante

- Sociólogos e antropólogos que estudam casos de preconceito racial desmistificam a ideia de "democracia racial" que, por muito tempo, perdurou na sociedade brasileira. Segundo esses estudiosos, o preconceito está intrínseco à sociedade brasileira, que convive com uma das formas mais perversas de racismo, a qual, por se manifestar de forma velada, contribui para a construção da imagem de um país onde existe harmonia racial. Em sua opinião, a sociedade brasileira é marcada por preconceitos e práticas racistas? Podemos afirmar que existe harmonia racial em nosso país? Exponha seu ponto de vista.




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5. (UFU-MG) O crescimento demográfico está ligado a dois fatores: crescimento natural ou vegetativo, que corresponde à diferença entre nascimento e óbitos verificada numa popula ção, e a taxa de migração, que é a diferença entre a entrada e a saída de pessoas de um território.

Em relação ao crescimento demográfico, analise as afirmativas abaixo.

I. Pelo princípio malthusiano, a população tende ria sempre a crescer mais do que os meios de subsistência, tornando a fome e a miséria uma realidade inexorável (PG x PA). Uma alternativa lógica para se evitar o desastre populacional seria o controle da natalidade por meio do uso de métodos contraceptivos, aborto, abstinên cia sexual no casamento etc.

II. Os avanços da medicina, as medidas de avan ço da higiene pública e a melhoria do padrão de vida da população possibilitaram uma for te redução da taxa bruta de mortalidade em todo o mundo. Para os neomalthusianos, a queda da mortalidade não tem efeito se não for seguida da redução da taxa de fecundida de, pois impediria o crescimento econômico do país. Por isso, a solução seria o controle da fecundidade, por meio de métodos contra ceptivos e esterilização em massa.

III. Uma das consequências da queda da fecundi dade brasileira são taxas de crescimento di ferenciadas dos vários grupos etários, com taxas menores para os grupos mais jovens. Isto tem resultado numa diminuição do peso da população jovem no país e num aumento da importância do segmento idoso. Esta ten dência é chamada de envelhecimento popula cional, pois se dá em detrimento da diminuição do peso da população jovem no total, o que acarreta também um aumento da idade média e mediana da população.

Assinale a alternativa CORRETA .

a) Apenas I é verdadeira.

b) I e III são verdadeiras.

c) I e II são verdadeiras.

d) II e III são verdadeiras.

Resposta correta: D.

6. (AMAN-RJ) Os países desenvolvidos, de uma maneira geral, apresentam baixas taxas de crescimento demográfico, sobretudo em fun ção do reduzido crescimento natural que desconsidera o saldo migratório. Com relação a esses países, é possível afirmar que:

a) apresentam taxas de fecundidade similares à da maioria dos países subdesenvolvidos.

b) permanecem na primeira fase da transição demográfica, com baixas taxas de morta lidade e de natalidade.

c) apresentam taxas de fecundidade acima da taxa de reposição, ou seja, acima de 2 fi lhos por mulher.

d) vivem o auge da transição demográfica, com elevadas taxas de mortalidade e de natalidade que justificam o baixo cresci mento.

e) a maior parte deles apresenta taxas de cres cimento populacional muito baixas (geral mente inferior a 1%), nulas ou até negativas.

Resposta correta: E.

7. (FGV-SP)

O declínio da fertilidade no mundo é surpreendente. Em 1970, o índice de fertilidade total era de 4,45 e a família típica no mundo tinha quatro ou cinco filhos. Hoje é de 2,435 em todo o mundo, e menor em alguns lugares surpreendentes. O índice de Bangladesh é de 2,16, uma queda de 50% em 20 anos. A fertilidade no Irã caiu de 7, em 1984, para 1,9, em 2006. Grande parte da Europa e do Extremo Oriente tem índices de fertilidade abaixo dos níveis de reposição.

Carta Capital. 02-11-2011.

A queda da fertilidade em um país é responsá vel por novos arranjos demográficos, dentre eles:

a) o forte aumento das taxas de urbanização.

b) a emergência de padrões de vida mais elevados.

c) a mudança na composição etária da popu lação.

d) o aumento da expectativa de vida.

e) a estabilização da densidade demográfica.

Resposta correta: C.



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- A queda da natalidade e a diminuição do crescimento natural

A partir das décadas de 1960 e 1970, no entanto, o crescimento natural da população começou a declinar em virtude da queda da taxa de natalidade, como é possível observar no gráfico na página 126. As causas dessa diminuição estão relacionadas ao avanço da urbanização ocorrida no país, fenômeno que provocou grandes mudanças no comportamento demográfico da população brasileira.

Com o ingresso cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho, como forma de ajudar no sustento da família, elas passaram a encontrar muitas barreiras quando desejavam ter filhos, por causa do risco de serem dispensadas, da falta de creches etc. Além disso, passaram a ter menos tempo para os cuidados e a convivência familiar, o que, somado aos gastos mais elevados com alimentação, saúde, lazer e educação, levou muitas delas a optar por um número menor de filhos.

A popularização dos métodos contraceptivos, como pílulas anticoncepcionais, preservativos, diafragmas e esterilizações, aliada aos programas de planejamento familiar desenvolvidos pelo Estado, também contribuiu para a redução da taxa de natalidade. Com isso, houve também uma sensível queda da taxa de fecundidade, que expressa o número médio de filhos por mulher (em idade reprodutiva), como mostra o gráfico abaixo.

LEGENDA: Em cerca de 50 anos, a taxa de fecundidade no Brasil despencou de 6,3 filhos por mulher (1960) para cerca de 1,7 (2015). É por isso que, atualmente, temos o predomínio de famílias reduzidas, ao contrário de décadas atrás, quando as famílias eram numerosas.

FONTE: INSTITUTO Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em: //seriesestatisticas.ibge.gov.br/. Acesso em: 14 dez. 2015. CRÉDITO: Fotomontagem de E. Cavalcante formada pela imagem Neil Bromhall/SPL/Latinstock

A taxa de natalidade no país continua em queda e o crescimento natural da população, em torno de 1,2%, de acordo com o censo de 2010, tende a diminuir ainda mais nas próximas décadas. As projeções demográficas indicam que, no período entre 2020 e 2030, o crescimento natural da população brasileira deve ficar em torno de 0,6%, índice que se aproxima ao dos países mais desenvolvidos do mundo, que estará em média em 0,2%, de acordo com dados da ONU.




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- A queda da mortalidade e o aumento do crescimento natural

Nas primeiras décadas do século passado, o crescimento natural da população se manteve constante, pois, embora a taxa de natalidade fosse elevada, em torno de 4,6%, a taxa de mortalidade também se mantinha alta, chegando a 2,8% em 1900 e 2,6% em 1920 (veja novamente o gráfico acima).

Por volta da década de 1940, porém, o crescimento natural da população acelerou em decorrência da queda acentuada da taxa de mortalidade. Esse declínio da mortalidade se deu em razão da melhoria das condições de vida da população, decorrente da expansão dos serviços de assistência médico-hospitalar; dos serviços de infraestrutura de saneamento urbano (fornecimento de água tratada, rede coletora de esgoto, coleta de lixo etc.), dos avanços da medicina, com a descoberta de novos medicamentos (antibióticos) e as campanhas de vacinação em massa. Com novos medicamentos e vacinação, muitas doenças foram controladas e epidemias que, até então, se alastravam facilmente entre a população e vitimavam muitas pessoas foram evitadas.

Com a mortalidade em queda e a natalidade ainda elevada, o crescimento natural da população brasileira deu um enorme salto, atingindo 2,9% em 1960, sendo que no início desse mesmo século o índice era de 1,8%.

LEGENDA: Acima, charge publicada em 1904, demonstrando a resistência da população às campanhas de vacinação defendidas por Oswaldo Cruz (representado ao centro da imagem) por não compreender os benefícios das vacinas e por criticar a obrigatoriedade da vacinação.

CRÉDITO: Leônidas Freire

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A estrutura da população brasileira

Ao longo das últimas décadas, as transformações demográficas da população brasileira, decorrentes da queda da taxa de natalidade e de mortalidade e do aumento da expectativa de vida da população, sobretudo em virtude dos avanços na área da saúde, vêm acarretando grandes mudanças na estrutura etária da nossa população. Essas mudanças redesenham a pirâmide etária brasileira, como podemos observar nas pirâmides etárias abaixo.

FONTE DOS GRÁFICOS: INSTITUTO Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 14 dez. 2015. CRÉDITOS DAS ILUSTRAÇÕES: E. Cavalcante

A queda das taxas de natalidade e fertilidade, por exemplo, leva a uma diminuição relativa do número de crianças e jovens no total da população, fato que pode ser percebido pelo gradativo estreitamento ocorrido na base da pirâmide etária. Ainda assim, o porcentual de crianças e jovens em nossa população, em torno de 33%, é elevado quando comparado ao percentual dos países desenvolvidos, que possuem taxas de natalidade mais baixas.

O aumento da expectativa de vida, por outro lado, tem provocado uma elevação do número de adultos e idosos no total da população, o que se pode verificar pelo alargamento da parte intermediária e do topo da pirâmide. Em apenas três décadas, a participação de pessoas com 60 anos ou mais na população total aumentou de 6% (em 1980) para 11% (em 2010). Em números absolutos, isso significa que a população idosa do país saltou de aproximadamente 7 milhões para mais de 20 milhões de pessoas.

Boxe complementar:

Estrutura

A estrutura da população refere-se à maneira como ela está distribuída conforme a faixa etária (idade) e o sexo (masculino ou feminino). Em nosso estudo da estrutura da população brasileira, consideramos as seguintes faixas de idade: crianças e jovens (de 0 a 19 anos); adultos (de 20 a 59 anos); e idosos (60 anos ou mais).

Fim do complemento.

- Identifique e descreva as principais mudanças ocorridas na forma (base, corpo e ápice) da pirâmide etária brasileira. A alteração na sua forma indica quais mudanças no comportamento demográfico (taxas de natalidade, mortalidade e envelhecimento) da população brasileira ao longo das últimas décadas? Apresente suas hipóteses.



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